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A 72.ª Volta a Espanha em bicicleta arranca no sábado, na cidade francesa de Nimes, com um contrarrelógio por equipas, e termina a 10 de setembro, em Madrid.
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O ciclista português Rafael Reis vai estrear-se na Volta a Espanha, mostrando "algum nervosismo" e vontade de vencer uma etapa na prova, que parte para a estrada no sábado e termina a 10 de setembro.
A participar pela primeira vez numa grande volta, depois de ter dado o salto, em 2017, para a Caja Rural-Seguros RGA, na sequência de um ano em bom nível pela W52-FC Porto, o ciclista de 25 anos trabalhou na Serra Nevada para se preparar para uma Vuelta que "vai ser dura".
Não sabendo "o que é correr durante três semanas", Rafael Reis admite "algum nervosismo" para a estreia. "É diferente da Volta, que já corri quatro vezes, é o dobro dos dias, e depois tem a ver com o nível, porque estão aqui os melhores do mundo", apontou à Lusa o ciclista de Setúbal.
Com Jaime Roson e Sergio Pardilla como ciclistas em melhor forma, a equipa está "bastante motivada", afiançou o português, que vê esta como "a mais dura das três grandes voltas este ano", com "muitas subidas pesadas, como o Angliru, que vai ser muito complicado".
Apesar da estreia, Reis quer procurar entrar em fugas e poder estar na discussão por uma vitória, até porque "lutar por etapas é um objetivo para toda a equipa", a par de "objetivos estáveis nas classificações secundárias".
No que toca ao contrarrelógio, uma especialidade em já deu provas, sendo o atual vice-campeão nacional, Reis não sabe com que forças chegará à 16.ª etapa, altura em que se desenrola o 'crono' individual.
"Não sei como chego lá, mas vou dar o meu máximo nesse dia. Não vou à procura de um resultado no crono, mas se vier ficarei bastante contente", referiu.
Depois de um arranque de temporada em bom plano, com o 15.º lugar na geral da Volta a San Juan, na Argentina, Rafael Reis esteve parado por lesão durante dois meses, esperando que o "apoio emocional muito importante" dos adeptos portugueses durante os 21 dias o ajude a "ultrapassar os dias maus", bem como os restantes ciclistas lusos em prova.
No mesmo ano que se estreia, despede-se do pelotão o espanhol Alberto Contador (Trek-Segafredo), que venceu a prova por três vezes, a juntar aos triunfos no 'Tour' e no 'Giro', o que lhe confere, segundo Rafael Reis, o estatuto de "um dos melhores de todos os tempos".
"Decidiu pôr um ponto final à carreira, mas já fez muito e deu muito ao ciclismo, e depois de acabar dará muito na mesma", apontou, considerando ainda que o ciclista de 34 anos poderá lutar pela geral com Chris Froome (Sky), até porque "correr em casa dá uma motivação extra".
