A informação chega de um relatório encomendado pela Comissão Independente para a Equidade no Críquete, no qual foram descortinadas várias queixas de discriminação no seio da modalidade, muito popular nos dois países da Grã-Bretanha.
Corpo do artigo
Um relatório independente encomendado pela Comissão Independente para a Equidade no Críquete (CIEC) indica que o racismo e o sexismo estão "profundamente enraizados" nesse desporto em Inglaterra e no País de Gales, onde é uma dos mais populares.
O relatório, publicado esta terça-feira após ter recolhido testemunhos de mais de quatro mil inquiridos, também descreve a modalidade nestes países como sendo "elitista" e fechada às classes trabalhadoras.
"A dura realidade é que o críquete não é um jogo para toda a gente", lamentou Cindy Butts, presidente da CIEC e responsável pela elaboração do relatório.
Entre os entrevistados, metade admitiu ter sido vítima de discriminação nos últimos cinco anos, sendo que, entre paquistaneses e bangladeshianos, esse número subiu para 87%, ao passo que desportistas indianos registaram 82% e atletas negros 75%.
Segundo o mesmo relatório, as atletas femininas são tratadas no críquete como "cidadãs de segunda classe" e "quem frequente uma escola púbica tem menos probabilidades de ter acesso ao críquete e de progredir no jogo do que os colegas das escolas privadas".
De resto, o documento termina com um apelo para que os órgãos diretivos das escolas de críquete inglesas e galesas peçam desculpa publicamente por estes dados, recomendando aindsa a igualdade de remuneração entre profissionais do sexo masculino e feminino até 2030.
Richard Thompson, presidente da direção do críquete inglês e galês, reagiu prontamente ao relatório com um pedido de desculpas e prometeu que a organização iria aproveitar a ocasião para aplicar reformas no desporto.
16553331
16597942