Miguel Oliveira não desistia devido a queda desde o GP da Grã-Bretanha de 2019, a 25 de agosto.
Corpo do artigo
Uma queda logo na primeira curva, após o toque de um adversário, deixou este domingo o português Miguel Oliveira (KTM) fora do Grande Prémio (GP) da Andaluzia de MotoGP, vencido pelo francês Fabio Quartararo (Yamaha), líder do campeonato.
Saindo do quinto lugar da grelha - a melhor posição da carreira na categoria rainha -, Miguel Oliveira perdeu duas posições no arranque, mas seria o companheiro da KTM, o sul-africano Brad Binder, a provocar a queda, com um toque na traseira da RC16 do piloto português, que caiu para o 13.º lugar do Mundial de velocidade de motociclismo
Miguel Oliveira não desistia devido a queda desde o GP da Grã-Bretanha de 2019, a 25 de agosto. Na altura, foi também o toque de um piloto KTM (o francês Johan Zarco) a provocar a queda, que lesionou o ombro direito do piloto luso.
O piloto de Almada sofreu ainda uma queda nos treinos do GP da Austrália, que piorou a lesão no ombro e pôs um ponto final antecipado na temporada de estreia na categoria rainha do motociclismo mundial.
Desta vez, a queda não trouxe consequências físicas, mas pôs fim precoce a uma corrida para a qual tinha garantido a melhor qualificação desde que se estreou em MotoGP, mantendo os mesmos oito pontos com que chegou a esta segunda corrida do campeonato, mas baixando à 13.ª posição.
12467636
Tal como há uma semana, a corrida em Jerez de la Frontera ficou marcada pelas altas temperaturas do verão andaluz, que provocaram quedas e avarias.
Ao todo, oito pilotos abandonaram, incluindo as KTM de Brad Binder e do espanhol Iker Lecuona (ambos por queda), a Ducati do italiano Francesco Bagnaia e a Yamaha do ítalo-brasileiro Franco Morbidelli, por problemas mecânicos.
Indiferente aos problemas dos adversários esteve o francês Fabio Quartararo (Yamaha), que liderou desde o arranque, conquistando a segunda vitória consecutiva no campeonato e na carreira.
Quartararo é o segundo piloto mais jovem a conseguir duas vitórias consecutivas em MotoGP, apenas atrás do espanhol Marc Márquez (Honda), que falhou esta corrida por lesão.
"Esta foi difícil. Mas fiquei muito feliz", comentou o piloto, de 20 anos, que soma já 50 pontos no campeonato, depois de hoje ter cortado a meta em primeiro, com o tempo de 41.22,666 minutos, após 25 voltas.
Em segundo lugar, a 4,495 segundos, terminou o espanhol Maverick Viñales (Yamaha), que sofreu com o calor.
"Era impossível respirar. Estava arrasado. Nas últimas cinco voltas consegui forçar um pouco o ritmo", disse o piloto da Yamaha, que ainda conseguiu aproveitar um ligeiro erro do italiano Valentino Rossi (Yamaha) para chegar à segunda posição.
Aos 41 anos, Rossi já não subia ao pódio desde a terceira corrida de 2019, o GP das Américas, nos Estados Unidos. Fê-lo hoje, pela 235.ª vez na carreira, ao cortar a meta a 5,546 segundos de Quartararo.
"Vínhamos de um período muito mau. É muito bom regressar ao pódio. Para mim não é uma vitória, mas quase", garantiu o italiano.
Com estes resultados, Fabio Quartararo soma 50 pontos, mais 10 do que o segundo classificado, Maverick Viñales. O italiano Andrea Dovizioso (Ducati), que hoje foi sexto, é o terceiro no Mundial, com 26.
A próxima corrida é o GP da República Checa, que se disputa no circuito de Brno, de 7 a 9 de agosto.