Após ter reunido com a Comissão de Atletas, COI já especificou que gestos não se podem ver em Tóquio'20
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O Comité Olímpico Internacional e a Comissão de Atletas aprovaram esta quinta-feira um documento que clarifica a regra 50 da Carta Olímpica, que determina serem proibidas quaisquer manifestações de propaganda política, religiosa ou racial nos Jogos Olímpicos.
Para Tóquio'2020, especifica-se que não há lugar a gestos em lugares de competição, na Aldeia Olímpica, em cerimónias de pódio, na de Abertura ou Encerramento, não podendo haver mensagens políticas, incluindo sinais e pulseiras; fazer gestos com as mãos ou ajoelhar-se ou não seguir o protocolo das cerimónias de pódio.
"É um princípio fundamental que o desporto deve ser neutro e separado da política, religião ou outro tipo de interferência", diz a missiva do COI, acrescentando ainda que "o foco deve ser a celebração do desempenho dos atletas."
No Rio'2016, Feyisa Lilesa foi prata na maratona, cruzando a meta com os punhos cruzados em forma de protesto com o governo da Etiópia.
No entanto, a manifestação mais famosa da história remonta ao México'1968, quando os negros norte-americanos Tommie Smith (campeão olímpico) e John Carlos (terceiro classificado) cerraram e ergueram os punhos, olhando para o chão para sensibilizar o mundo para o "Black Power", depois de a África do Sul ter sido convidada a participar e a maioria dos países do continente africano ter ameaçado fazer boicote à edição.
A reunião entre COI e representante de atletas abordou ainda as regra 40, que restrige os participantes a promover os seus patrocinadores durante os Jogos.