Irina Galay alistou-se logo a 24 de fevereiro e, desde então, protege a cidade natal de Mukachevo. Experiência bélica é mostrada a uma audiência digital de mais 100 mil seguidores
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O despoletar da guerra na Ucrânia transformou a vida, como a milhões, de Irina Galay. A ucraniana, conhecida por ser a primeira do país a escalar o Monte Evereste (2016), teve a preparação da carreira política interrompida e, perante a ameaça russa, optou por juntar-se às forças armadas do exército ucraniano.
Galay, em entrevista à "Outside", explica que a experiência e formação em alpinismo/montanhismo (dá, inclusive, palestras sobre esta atividade realizada em ambientes adversos) a motivou a querer defender, in loco, o país berço e está certa, sem dar prazo, de que a batalha ante os russos será ganha.
"Não sei quando vai acontecer, mas sei que vai acontecer, porque é a nossa terra. Não vamos entregá-la, nunca, a ninguém. Somos fortes e corajosos, e a continuação desta nação depende apenas de nós", disse a empresária ucraniana, à "Outside".
Galay, de 32 anos, alistou-se às forças da defesa territorial logo após o início da invasão russa, iniciada a 24 de fevereiro, compostas por civis ucranianos voluntários, e protege, desde então, a cidade natal de Mukachevo, perto da fronteira com a Eslováquia.
Além do combate às ofensivas russas, Galay dedica-se, perante uma audiência digital de mais de 100 mil seguidores, a mostrar a execução de trabalhos de guerra feitos por si e por compatriotas, como o enchimento de cocktails molotov, arma de arremesso eficaz em danificar tanques.
O objetivo da cidadã ucraniana é "ajudar os meus amigos que estão fora do país a entender melhor o que está a acontecer" no território sob invasão russa.