Presidente do COI reage às críticas: "É deplorável ver governos não querer respeitar a maioria"
COI denuncia pressões políticas em proibição de atletas russos e bielorrussos
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O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, criticou nesta quinta-feira (30) as reações negativas de vários países europeus a uma eventual reintegração parcial de atletas russos e bielorrussos em provas desportivas, considerando a interferência política como "deplorável".
"É deplorável ver que esses governos não querem respeitar a maioria dentro do movimento olímpico, nem a autonomia do desporto", disse o alemão à imprensa, após uma reunião de três dias da Comissão Executiva do COI.
A insistência de Bach nesta "autonomia" na esfera desportiva não é recente. Recorde-se que ele mesmo não conseguiu defender o título de esgrima nos Jogos Olímpicos de Moscovo, em 1980, devido ao boicote imposto por vários governos ocidentais à competição organizada pela então União Soviética.
Na última terça-feira, dia em que o COI comunicou a recomendação de um regresso dos atletas russos e bielorrussos às competições internacionais sob o uso de uma bandeira neutra e cumprindo uma série de condições, o dirigente expressou a "firme rejeição a toda interferência política na capacidade das organizações desportivas de decidir por si próprias sobre a participação em competições".
Bach endureceu o tom nesta quinta-feira em resposta ao posicionamento de vários governos, caso da ministra do Desporto da Alemanha, que denunciou a recomendação do comité como "um bofetada na cara dos atletas ucranianos", e do chefe da diplomacia polaca, que a considerou como "um dia de vergonha para o COI".
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