Presidente da Federação lamenta que o futebol absorva o grosso dos patrocínios
Vítor Félix defendeu que "Portugal vive muito à base do futebol", considerando, por isso, que "vivemos num país de monocultura desportiva"
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O presidente da Federação de canoagem, Vítor Félix, lamentou esta quarta-feira que Portugal "viva muito à base do futebol" e que as outras federações fiquem com "aquilo que sobra e dos restos dos patrocinadores".
"Acho que há dois fatores: um interno e outro externo. No interno, nós, Federação, devemos comunicar melhor no que diz respeito aos nossos resultados e atletas. No fator externo, vivemos num país de monocultura desportiva, que vive muito à base de futebol e que não precisa de praticamente do Estado", começou por afirmar, lamentando que "as outras federações vivem um pouco daquilo que sobra e dos restos dos patrocinadores".
Em declarações prestadas à margem da apresentação do PromentorDesporto, um projeto desenvolvido entre a Universidade Católica e a Deloitte, que decorreu no auditório daquela instituição, em Lisboa, Vítor Félix recordou que a canoagem "é pequena e com fracos recursos", mas salienta que com "os excelentes resultados não deveria ser altamente dependente do Estado, do IPDJ (Instituto Português do Desporto e da Juventude) e do Comité Olímpico".
O presidente acredita que "um grande patrocinador faria com que a dependência se reduzisse", e frisa que é preciso "continuar a promover o trabalho e continuar a crescer".
Sobre os Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio, Vítor Félix afirmou que a "preparação" já começou, lembrando que os atletas estão inteirados das "alterações do programa olímpico".
"Vamos começar um novo ciclo. Já estamos a preparar Tóquio'2020 e vão ser aprovadas algumas alterações no programa olímpico em algumas distâncias. Estamos já a trabalhar nesse sentido com vista à participação nas próximas provas internacionais e campeonatos da Europa e do Mundo", completou.