Canoístas João Ribeiro e Messias Baptista assumem ser um "privilégio" estarem a defender o título mundial de K2 500 metros
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Os canoístas João Ribeiro e Messias Baptista assumiram o “privilégio” de estarem a defender o título mundial de K2 500 metros, indiferentes ao facto de serem a dupla a bater até domingo em Milão, Itália.
“Não é uma má pressão. Pressão é um privilégio, como costumam dizer. Prefiro ser o atual campeão do mundo e os outros estarem atrás de mim do que ser ao contrário, obviamente”, vincou Messias Baptista.
Em declarações à Lusa, o atleta luso garantiu que ambos têm “experiência” suficiente para gerir o estatuto alcançado, embora reconheça que é mais fácil ir atrás do ouro do que tentar mantê-lo. “Temos experiência e sabemos lidar com este tipo de pressão, mas quando não somos os melhores acho que é mais fácil perseguir esse primeiro lugar. Depois de estar no topo, só dá para cair. Portanto, é um pouco mais difícil manter, porém estamos confiantes que se não o conseguirmos, pelo menos vamos lutar por ele”, completou.
A começar, os portugueses foram os mais rápidos no conjunto das cinco eliminatórias, nomeadamente em 1.28,10 minutos numa pista que vários atletas se têm queixado de não estar nas melhores condições, pela quantidade de algas no campo de regatas. “Termos feito o melhor tempo é um bom indicador, ficámos felizes por isso, até porque viemos a gerir um bocadinho o esforço, contudo feito ao máximo, como é óbvio. As sensações foram boas e agora é continuar a aplicar o que temos vindo a fazer”, congratulou-se João Ribeiro.
A dupla não fazia K2 desde maio, uma vez que tem estado focada no K4 500 metros que sexta-feira disputa a final, num quarteto completo por Gustavo Gonçalves e Pedro Casinha que em junho surpreendeu com o título europeu na República Checa. “Não fazemos K2 desde maio, na Taça do Mundo da Hungria, que não nos correu tão bem, em condições que não conseguimos controlar. Mas já passou, e queremos vingar um bocadinho esse resultado, bem como o de Paris2024”, realçou João Ribeiro, lamentando ter falhado o pódio em ambas as competições.
Os amigos, que mantém a “confiança ao máximo”, destacaram ainda a vantagem do K4 500 ter apurado diretamente para a final, facto que lhes permite focar-se em apenas uma prova por dia.
Os Mundiais de canoagem reúnem cerca de 800 atletas de 73 nações.