Raymond Poulidorestava hospitalizado desde 8 de outubro.
Corpo do artigo
Os antigos ciclistas Eddy Merckx e Bernard Hinault lamentaram a morte de Raymond Poulidor, o eterno segundo classificado da Volta a França, prova da qual ainda é detentor do recorde de pódios.
"É uma grande tristeza, é um grande amigo que parte", disse o belga Eddy Merckx, considerando injusto resumir à expressão 'eterno segundo' a carreira Poulidor, que faleceu hoje, aos 83 anos.
Merckx, de 74 anos, referiu que "Poulidor não pode ser resumido ao facto de nunca ter vestido a camisola amarela na Volta a França" e lembrou que o francês venceu "muitas corridas importantes, como as clássicas Paris-Nice, La Flèche Wallonne e uma edição da Vuelta, em 1964.
"Era muito mais do que o eterno segundo", afirmou Merckx, lembrando o duelo com Poulidor em 1974, ano no qual venceu pela quinta e última vez o Tour, que o francês terminou em segundo lugar.
Bernard Hinault lembrou os duelos protagonizado por Poulidor e Jacques Anquetil na subida do Puy de Dome, na Volta a França em 1964, classificando-a de "um momento fantástico" de ciclismo.
O antigo ciclista francês, que admitiu torcer mais por Anquetil e Merckx, destacou o "histórico palmarés" de Poulidor, que soma 189 vitórias como profissional.
O presidente francês, Emmanuel Mácron, destacou, no Twitter, "as façanhas e a coragem" de Poulidor, que "ficará para sempre no coração dos franceses".
A morte de Raymond Poulidor, que estava hospitalizado desde 8 de outubro, em Saint-Léonard-de-Noblat, onde residia há décadas, foi anunciada hoje pela mulher do antigo corredor à AFP.