Depois de 18 regatas disputadas nas águas algarvias, cinco delas no último dia, a Alinghi de Ernesto Bertarelli, vencedor da America's Cup por duas vezes, destronou os compatriotas suíços do Team Tilt.
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A equipa suíça Alinghi, que tem um português na tripulação, sagrou-se este domingo campeã do mundo na classe GC32 e venceu a segunda etapa do Circuito Mundial da mesma classe.
Depois de 18 regatas disputadas nas águas algarvias, cinco delas no último dia, a Alinghi de Ernesto Bertarelli, vencedor da America's Cup por duas vezes, destronou os compatriotas suíços do Team Tilt, que são liderados pelo velejador olímpico da classe 49er Sébastien Schneiter.
Bertarelli não esteve no Algarve, mas Arnaud Psarofaghis, co-skipper foi eficaz e levou a equipa suíça a ser a segunda equipa a vencer no barlavento algarvio, depois dos franceses da Norauto, liderados pelo skipper vencedor da Volvo Ocean Race, Franck Cammas, terem ganho em 2018 em Lagos.
Na segunda posição, ficaram os suíços do Team Tilt, enquanto o INEOS Rebels UK liderado pelo velejador olímpico Ben Ainslei, que soma quatro medalhas de ouro e uma de prata, fechou o pódio.
Curiosamente o único português entre as 10 equipas que discutiram o Campeonato do Mundo, está na Alinghi. Após vários anos do mar, João Cabeçadas integra a equipa de terra do barco suíço há já 20 anos.
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"Ser campeão do Mundo em Portugal sabe sempre melhor. As condições são fantásticas para navegar seja como for, em cruzeiro, em recreio e para competir e fazer regatas aqui foi ótimo", afirmou satisfeito o velejador natural de Setúbal.
"Tínhamos programado quatro dias para a prova, com cinco regatas por dia, se calhar a hora escolhida não foi a melhor, foi um pouco guloso começar tão cedo, toda a gente sabe que no verão a partir das 16h00 está bom. Acabamos por ter que esperar às vezes que entrasse o vento, mas foi fantástico", revelou o velejador de 58 anos.
"Nunca nenhum deles tinha feito regatas em Lagos e gostamos muito, aliás queremos todos voltar. Não só pelas condições meteorológicas e pela localização geográfica boa, mas pela organização que foi ótima, a Sopromar, a Marina, todos se excederam para que tudo corresse bem e naquilo que podíamos exigir", rematou o Comodoro do Clube Naval Setubalense, cargo que ocupa desde 2003.
Sempre a trabalhar enquanto falava, Cabeçadas preparava o barco para enviá-lo para o local da próxima regata, Palma de Maiorca: "A 26 de julho já vamos para lá e a maratona é em especial porque os 10 barcos saem daqui hoje e neste momento estão em terra três e o parqueamento está cheio, por isso temos que desmontar à medida que eles chegam".
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Quanto ao futuro neste circuito João Cabeçadas aponta: "O ano passado vencemos o circuito das Extreme Sailing Series, por isso queremos voltar a vencer o evento desta classe, estamos à frente da geral e juntar esse título ao Campeonato do Mundo seria a cereja no topo do bolo".
Recorde-se que em 2018 haviam dois circuitos da mesma classe, o Extreme Sailing Series e o GC32 Racing Tour, o primeiro ganho pelos suíços do Alinghi e o segundo pelos franceses da Norauto e que atualmente os dois fundiram-se.
Já o Cascade Sopromar Speed Challenge, que premeia a equipa que atingiu a velocidade média mais elevada foi entregue à equipa francesa da Norauto, que fez uma média de 26,21 kn/h e ganhou um prémio de cinco quartos duplos por três noites no Cascade Wellness & Lifestyle Resort, de 5 estrelas, em Lagos.
Classificação Final
1.º Alinghi (Sui) - 57 pontos
2.º Team Tilt (Sui) - 74 pontos
3.º INEOS Rebels UK (Gbr) - 78 pontos
4.º NORAUTO (Fra) - 79 pontos
5.º Oman Air (Oma) - 86 pontos
6.º Argo (EUA) - 102 pontos
7.º Red Bull Sailing Team (Aus) - 109 pontos
8.º Zoulou (Fra) - 128 pontos
9.º CHINAone NINGBO (Chi) - 137 pontos
10.º Black Star Sailing Team (Sui) - 141 pontos
Próximas Etapas do GC32 Racing Tour
31 de julho a 4 de agosto - Palma de Maiorca, Espanha
11 a 15 de setembro - Riva del Garda, Itália
6 a 10 de novembro - Local a definir
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