
Jovens do Direito em ação no Portugal Youth Rugby Festival
Portugal Youth Rugby Festival
Evento reúne, este fim de semana, quase 1500 participantes no Estádio Universitário de Lisboa, sendo um momento de recuperação da sensação de normalidade e de procura de novos valores, conforme partilhou a O JOGO João Uva, selecionador nacional de sub-18
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Primeiro grande evento desportivo desde o regresso das modalidades coletivas de formação, o Portugal Rugby Youth Festival tem lugar este sábado e domingo, no Estádio Universitário de Lisboa, concentrando 50 equipas em cinco escalões (masculinos e femininos), num total de quase 1500 participantes.
Considerando que o evento "é um dos mais emblemáticos do râguebi de formação em Portugal e na Europa", João Uva, selecionador nacional de sub-18, destaca que "é importante voltar à normalidade, sobretudo no desporto de formação". "Houve toda uma geração que se perdeu para o desporto fruto da pandemia. Há coisas que não dão para recuperar, o tempo não dá para recuperar, mas é uma oportunidade muito interessante para os jovens, pois alguns deles que competiram muito pouco ou nada nos últimos dois anos", completou o timoneiro dos "lobinhos" que foram recentemente prata no Campeonato da Europa do escalão.
Alguns dos atletas que estiveram envolvidos nesse resultado fazem a despedida do Portugal Rugby Youth Festival este ano. "É um momento ótimo para captação de talentos e novos potenciais. Em edições passadas, já identifiquei jogadores com potencial. É uma das melhores montras", afirmou o técnico e antigo internacional português.
Uma prata que dá alento
Foi há duas semanas que a Seleção Nacional de sub-18 festejou o segundo lugar no Campeonato da Europa da categoria, realizado em Kaliningrado, na Rússia. A equipa das Quinas só cedeu na final diante a Geórgia, por 22-0.
Para Uva, que enaltece o trabalho dos clubes, tratou-se de "um excelente resultado, tendo em conta que o grupo começou os treinos apenas no final de agosto". "Portaram-se muito bem e responderam de forma espetacular. Esperamos que os jogadores que estiveram no Europeu tenham saído melhores, mais amigos uns dos outros, mais embaixadores do râguebi e mais apaixonados pelo jogo no sentido de ambicionar a seleção principal", desejou o selecionador, antes de indicar o caminho a seguir.
"As categorias de base em Portugal, nomeadamente juniores e juvenis, sempre tiveram bastante talento. Quando a parte física não se sobrepõe no jogo, nós rivalizamos com os melhores. Depois os outros países acabam por ter outro tipo de condições. O que estamos a tentar fazer é cimentar um plano de jogo mais técnico, de procura de espaços e de evitar confronto. Isso já está a acontecer um pouco na seleção principal. Se continuarmos a trabalhar neste sentido podemos vir a ter sucesso", concluiu.
