Portugal discute com a França o terceiro lugar no Mundial de andebol
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Portugal terminou este domingo em quarto lugar o Campeonato do Mundo de andebol, depois ser derrotado pela França, por 35-34, no jogo de atribuição da medalha de bronze, que decorreu em Oslo.
Na Unity Arena, a seleção portuguesa chegou ao intervalo a perder por 19-17 e, apesar da boa resposta na segunda parte, não conseguiu evitar a derrota por apenas um golo de diferença, desperdiçando uma bola para a igualdade nos últimos segundos.
Apesar da derrota, a formação das quinas terminou num histórico quarto lugar. Ainda hoje vai decidir-se o título mundial, com a Dinamarca, que venceu Portugal nas meias-finais e conquistou as três últimas edições da competição, a enfrentar a Croácia.
Portugal já tinha assegurado anteriormente, com o apuramento para os quartos de final, o seu melhor resultado de sempre em seis presenças em Campeonatos do Mundo (1997, 2001, 2003, 2021, 2023 e 2025), ao melhorar o 10.º lugar alcançado em 2021.
Portugal perde com a França, por 35-34, e termina o Mundial de andebol no quarto lugar.
Guarda-redes francês defendeu o último remate de Portugal, por intermédio de António Areia.
É a melhor classificação de sempre de Portugal num Mundial.
Portugal vai atrás da vitória.
França marca dos sete metros. 35-34. Desconto de tempo pedido por Paulo Jorge Pereira
França tem livre de sete metros. Quase a terminar o jogo.
Desconto de tempo pedido pela França. Faltam poucos segundos para o final. 34-34.
Leonel Fernandes empata a 34 golos.
Kiko empate a 32 golos! Que final emocionante!
Areia empata de sete metros, 31-31.
Rui Silva reduz, a França ganha 30-29
França-Portugal, 28-27
França deu a volta: ganha 27-26
Portugal!!! Golo!!
António Areia faz o 24-26
Vitor Iturriza marca e Portugal marca: 24-25 ganham os Heróis do Mar
Gustavo Capdeville já fez nove defesas!
Agora é Kiko Costa a empatar, 24-24
Areia marca de sete metros e empate a 23 golos.
Portugal na frente, marca Martim Costa, depois Kiko, 21-22
Marca Kiko Costa: empate a 20 golos
Marca Rui Silva, depois Iturriza e empate a 19 golos
Pedro Portela falha de livre de sete metros
Recomeça a partida
Nos minutos finais da primeira parte portugal reduziu: 19-17.
Victor Iturriza (quatro golos em quatro remates), Martim Costa (quatro em nove), Pedro Portela (três em três), Kiko Costa (três em quatro) e Rui Silva, Luís Frade e Fábio Magalhães, todos com um em um, fizeram os 17 golos de Portugal.
Este início de tarde, praticamente em horário de almoço em Portugal (14h00), a Seleção Nacional de andebol faz o último jogo num Mundial em que teve uma presença sensacional e superou as expectativas mais otimistas. Vai defrontar a França - seis mundiais, quatro europeus e três Jogos Olímpicos compõem o mais rico palmarés na modalidade -, para a discussão da medalha de bronze. “Já tivemos vários embates com a França, temos algumas vitórias, mas sabemos que é uma grande equipa e vamos ter de fazer tudo bem, temos de apresentar a nossa melhor versão”, avisou o lateral-esquerdo Fábio Magalhães, que teve uma resposta curiosa quando confrontado com o facto de ter os franceses pela frente e não os croatas: “É verdade que em teoria seriam eles, mas também ninguém acreditava que nós chegássemos aqui e cá estamos. Eles fizeram um jogo extraordinário e ganharam com justiça. Nós vamos ter de meter todo o coração no jogo com os franceses, para também os vencermos”.
Relativamente ao pesado desaire de anteontem, frente à Dinamarca (40-27), em jogo das meias-finais, o atleta do FC Porto não se vergou. “Essa derrota, e fossem os números que fossem, não fez de nós os piores jogadores do mundo. Somos os mesmos que ganhámos todos os outros jogos e passámos a Noruega, em casa deles, a Espanha, a Suécia e a Alemanha. Somos os mesmos e temos de levar o tudo de bom que fizemos para o encontro com a França”, referiu.
França mantém-se na frente: 16-13
Mau momento português, a França ganha 14-12
Victor Iturriza volta a empatar o encontro, agora a 12 golos
Agora é Martim Costa com uma bomba a fazer o 9-9
Victor Iturriza marca e volta a empatar, a seguir Rêma defende e a seguir é Desbonet que defende: 8-8
Pedro Portela marca, de novo de sete metros e 7-7
Pedro Portela, de sete metros empata a cinco
Continua o jogo empatado a três golos
1-1, Martim Costa marca para Portugal
Começa o França-Portugal. Começa a luta pela medalha de bronze.
Portugal sonha com a medalha de bronze.
Momento de ouvir os hinos dos dois países.
Ludovic Fabregas, pivô de 28 anos, deixou elogios aos Heróis do Mar. “Há muito talento em Portugal. Com os irmãos Costa, Luís Frade, Salvador Salvador, que para mim está a dar muito, quer na defesa quer no ataque, com a sua garra. É uma equipa que trabalha muito e é perigosa”, constatou o francês. “Nós queremos ganhar, porque queremos acabar este torneio com uma medalha, mas também sabemos que Portugal tem a mesma ambição”, reconheceu Fabregas, classificando o encontro de hoje como “uma pequena final”.
“Embora seja muito meritório o quarto lugar, nós vamos lutar para levar esta medalha. Tal como disse no início, não queria morrer sem ter uma medalha por Portugal”, recordou Paulo Jorge Pereira, selecionador nacional desde 2016 e que, esta tarde, vai cumprir o 120.º jogo oficial com os Heróis do Mar, cognome que o próprio criou, tendo, por agora, 68 vitórias, oito empates e 43 derrotas. “Das últimas seis vezes que jogámos com eles, desde 2019, ganhámos três e perdemos três. Agora vamos fazer o desempate e vamos ver o que podemos fazer”, continuou, deixando uma garantia: “Vamos preparar o jogo, ver onde podemos alcançar mais um golo e onde podemos limitar mais um golo à França”. “Vamos ver o que podemos fazer, mas vamos dar tudo em campo, uma vez mais”, assegurou o selecionador mais bem-sucedido do andebol português.
Quase com 37 anos, que festeja em março, Fábio é o mais experiente dos jogadores às ordens de Paulo Jorge Pereira. É também, desde 12 de janeiro de 2023 - Mundial da Polónia e Suécia -, o mais internacional dos andebolistas portugueses (294 jogos, com 697 golos, 193 AA e 362 golos), tendo, nessa partida frente à Islândia, superado Eduardo Filipe, também lateral-esquerdo, igualmente figura de ABC e FC Porto, que comandou a lista durante 23 anos. “Pode ser o meu último jogo numa grande competição com a Seleção, mas, sinceramente, neste momento não estou a pensar nisso, mas sim no encontro de amanhã [hoje]”, garantiu. “É claro, e já o disse várias vezes, que gostava de chegar aos 200 jogos pelos AA, mas por agora é pensar na França e depois logo se vê. É preciso cuidar do corpo, sinto-me bem, claro que tenho as minhas dores, mas isso é uma coisa com a qual todo o atleta aprende a conviver”, disse. “Vou ter a minha mulher, irmã, sobrinho e amigos a ver o jogo aqui, o que é uma sensação incrível”, terminou.