Rui Costa (88.º) subiu 210 lugares em dois meses e juntou-se a João Almeida (45.º) e Ruben Guerreiro (66.º), gerando situação inédita no ranking.
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Rui Costa, que esta quarta-feira estará em Itália, à partida para o 60.º Troféu Laigueglia, é um dos corredores em maior destaque nos primeiros meses da nova época de ciclismo e gerou uma situação inédita: pela primeira vez, desde que o ranking da União Ciclista Internacional (UCI) mudou e passou atualizar semanalmente os pontos - sistema igual ao do ténis -, Portugal tem três corredores no top 100. O poveiro subiu a 88.º e juntou-se a João Almeida, que desceu dez lugares, para 45.º, e a Ruben Guerreiro, que subiu mais oito e passou a ser 66.º.
Poveiro da Intermarché-Wanty é o quarto corredor mundial mais pontuado desde o início de época e juntou-se aos dois novos talentos entre os 100 melhores, novidade desde a mudança do ranking.
São poucas as modalidades com tabelas mundiais em que Portugal se pode orgulhar de possuir três dos 100 melhores, devendo-o neste caso ao extraordinário arranque do poveiro de 36 anos, que recuperou o fulgor ao mudar para a belga Intermarché-Circus-Wanty. Aquele que já foi o melhor português da história no ranking mundial (terceiro) venceu o Trofeo Calvià, a Volta a Valência (com última etapa e geral), foi quarto na Figueira Classic, décimo na Volta ao Algarve e no passado fim de semana fez segundo e nono em duas clássicas francesas. Somou 648 pontos em 32 dias, subiu de 298.º para 88.º e surge como o quarto corredor mais pontuado do ano, atrás do espanhol Pello Bilbao (699), do australiano Jay Vine (697) e do belga Arnaud de Lie (657). Tadej Pogacar, líder mundial, ainda só somou 405 pontos.
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João Almeida, sexto no Algarve, perdeu cinco lugares mas é o melhor luso no ranking desde o quarto lugar no Giro de 2020, enquanto Ruben Guerreiro também vive, com a mudança para a Movistar, o seu melhor início de época. Vencedor da Volta à Arábia Saudita, acabou no passado domingo o Gran Camino (Galiza) em terceiro.
Portugal é 16.º na classificação dos países, sendo penalizado por se contabilizarem os oito melhores ciclistas. E do trio para os restantes a diferença é grande.
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