Só com vitórias no campeonato (18) e na taça (3), os algarvios recebem amanhã o Módicus e querem garantir o acesso à final 8, mas o grande foco é a subida à liga principal. O treinador Pedro Moreira fala da qualidade na finalização e do enorme compromisso de todo o grupo. Fassy (35) e Júnior (30) são os artilheiros de uma equipa que já obteve 177 golos esta temporada
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O futsal do Portimonense está a protagonizar uma época a todos os títulos notável, tendo terminado a primeira fase do Nacional da II Divisão com 18 vitórias em outros tantos jogos, algo que mais nenhum clube, incluindo os do escalão principal, conseguiram. Acresce que a formação de Pedro Moreira regista mais três triunfos, na Taça de Portugal, a prova em que amanhã disputa os oitavos de final (que dá acesso à final 8), recebendo, no Pavilhão dos Montes de Alvor (18h00), o primodivisionário Módicus de Sandim.
Pelo quarto ano consecutivo a lutarem pela subida à Liga Sport Zone, os algarvios estão a tirar dividendos do investimento e das boas escolhas desta temporada. O brasileiro Luiz Fassy, por exemplo, ex-Fabril do Barreiro, cotou-se como o melhor marcador do campeonato, com 35 golos, seguido de perto por Júnior, um internacional sub-20 português, ex-Benfica, que apontou 30 golos. Mas o segredo, considera o guarda-redes João Silva, ex-Ferreira do Zêzere, reside "no coletivo e no nunca facilitar", o que explica a série tão vitoriosa. "Depois da Taça, temos dez jogos para dar a vida", sublinha, aludindo à fase de subida à liga principal.
O treinador Pedro Moreira, que é também o principal dinamizador da modalidade nos alvinegros, aborda a partida a Taça e dá conta de um "jogo difícil", perante "uma das melhores equipas de Portugal, com jogadores de referência e que se reforçou esta semana com mais dois bons elementos, Bruninho e Major, mas o Portimonense também tem uma palavra a dizer". Embora o campeonato seja o grande foco, Pedro Moreira acredita que o Portimonense "pode fazer história" frente ao Módicus. "Basta acreditar e sermos competentes os 40 minutos. A margem de erro contra este adversário é zero e a equipa que errar menos será a que vai passar."
Em jeito de balanço do que já ficou para trás, o técnico destaca "a qualidade na finalização" - são 150 golos no campeonato mais 27 na Taça - e o "compromisso de todo o grupo". "Já tínhamos miúdos de valor, mas fomos buscar jogadores com outra maturidade e mais capacidade de finalização". Apelidando de "maravilhosa" esta série cem por cento de triunfos, confessa que nem ele esperava tanto. "Nada está ganho. Vamos manter a mesma seriedade competitiva e a intensidade, inclusive nos treinos".