Pogacar, Vingegaard, Roglic e Del Toro terão recebido 150 mil euros cada em Andorra
Corrida das quatro estrelas pagou os cachês mais altos de sempre no ciclismo
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Primoz Roglic venceu o contrarrelógio de 11,7 km a subir o Coll de la Gallina, à frente de Tadej Pogacar, Isaac del Toro e Jonas Vingegaard, para depois somar os pontos suficientes nos 32 km do circuito em Andorra, ganho pelo mexicano, e conquistar a primeira edição do Andorra Cycling Masters. Foi uma espécie de festa de encerramento da época entre quatro das grandes figuras e, consta-se, paga como nunca antes no ciclismo: 150 mil euros por cabeça.
A primeira competição da história entre apenas quatro corredores teve um desfecho oposto ao da época das estrelas participantes e o resultado uma leve aparência de combinado, mais até do que os tradicionais critérios após a Volta a França. O sorriso de Pogacar, no momento em que Roglic e Del Toro discutiam o último sprint, praticamente denunciou-o.
A verdade é que, em Andorra, o importante era o espetáculo, não só para o público presente, mas em especial para o documentário que irá ajudar a suportar a despesa, estimada em 600 mil euros só para pagar os quatro cachês. E ainda faltou Remco Evenepoel, outro dos desejados pela organização.
Os 150 mil euros para cada ciclista, a confirmarem-se, serão o valor mais alto alguma vez pago pela simples presença. Nos critérios pós-Tour já se chegaram a dar 50 mil euros, mas esse valor tem diminuído, assim como a qualidade dos participantes. Thymen Arensman, que este ano venceu duas etapas na maior corrida do mundo, foi o único a alinhar na maioria, e cobrando 23 mil euros por participação, o que lhe rendeu perto de 100 mil euros. Mesmo assim muito pouco, comparado com o que levaram "Pogi", Roglic, Vingegaard e Del Toro por um dia de divertimento.
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