Pogacar: "O João Almeida não podia puxar muito mais, falei com o Adam Yates"
O camisola amarela do Tour, Tadej Pogacar, revelou este sábado que improvisou para vencer a 14ª etapa da Volta à França
Corpo do artigo
Tadej Pogacar defende que a Volta a França ainda não acabou, apesar da boa vantagem que tem sobre o homem que o derrotou nas últimas duas edições da prova, Jonas Vingegaard.
“Numa corrida assim, nunca se sabe o que pode acontecer. O Tour é muito longo e podem acontecer muitas coisas. Se tiver as mesmas sensações de hoje, e a equipa continuar assim forte, acredito que podemos vencer", afirmou.
O camisola amarela do Tour, ao cabo de 14 etapas, reiterou ainda que improvisou para vencer a etapa: “Sentia-me muito bem, por isso alterámos o plano da equipa. O [João] Almeida não podia puxar muito mais, pelo que falei com o Adam [Yates], que me perguntou se podia atacar para lutar pela vitória e dei-lhe autorização”.
O vencedor das edições de 2020 e 2021 da prova francesa explicou que a UAE Emirates está agora forçada a correr de forma diferente depois do abandono de Juan Ayuso, infetado com covid-19.
"Queria oferecer a etapa ao Adam, mas o instinto disse-me que podia conseguir uma vantagem [para os perseguidores na geral]. Isso deu-me uma grande motivação. Quando estava com o Adam, vi que podíamos fazer diferenças. É uma vitória da equipa e, sobretudo, do Adam”, destacou, referindo-se ao companheiro de equipa que é sétimo na geral.
Chamado ao trabalho a oito quilómetros do alto, João Almeida ainda conseguiu salvar o seu quarto lugar na geral, depois de “uma etapa dura”.
“Impusemos um ritmo duro para ganhar tempo ao Vingegaard. Foi uma boa estratégia, trabalhámos bem como equipa e conseguimos o objetivo”, disse o português, que está a 06.01 minutos do seu companheiro esloveno.