Play-offs já deviam ter arrancado e NBA terá grandes problemas se não recomeçar

Milwaukee, Toronto, Boston e LA Lakers eram as únicas equipas já apuradas, aquando da paragem a 11 de março, para uns play-offs da NBA que se deveriam ter iniciado esta madrugada. O maior dos campeonatos de basquetebol já colocou várias hipóteses para o recomeço - como juntar todas as equipas em Las Vegas -, mas a pandemia parece estar incontrolável nos Estados Unidos e agora a preocupação será salvar as equipas. O acordo com a Associação Nacional de Jogadores (NBPA), que depois de recusar uma redução dos salários a metade aceitou um corte de 25% é um princípio.

"Atendendo aos relatórios que temos recebido dos responsáveis da saúde, não estamos em posição de tomar qualquer decisão", admitiu o comissário Adam Silver, que nem sabe "quando isso será possível". Se até junho não existirem desenvolvimentos, provavelmente a época será cancelada.

NÃO SAIA DE CASA, LEIA O JOGO NO E-PAPER. CUIDE DE SI, CUIDE DE TODOS

A intenção é reforçar a poupança que já costuma ser feita - retenção de 380 milhões de dólares (350 milhões de euros) esta época -, mas que será insuficiente para colmatar o prejuízo das franquias caso não se volte a jogar. Assim, por cada jogo anulado por motivos de "força maior" - e faltavam entre 17 e 18 jogos para completar os 82 da fase regular -, cada atleta perderá cerca de 1% dos rendimentos. Para os jogadores, o corte abrange valores significativos: Stephen Curry, o mais bem pago, perderá oito dos 40 milhões de dólares anuais (36,8 milhões de euros); James Harden, Russell Westbrook, Chris Paul e John Wall, que ganham cerca de 38 milhões, perdem sensivelmente o mesmo, tal como LeBron James e Kevin Durant, que estão acima dos 37 milhões. Entre os que possuem os salários mais baixos, de 900 mil dólares a dois milhões, os cortes serão de 180 a 250 mil dólares (165 a 230 mil euros) e entrarão em vigor a 15 de maio, devendo estender-se a alguns meses da próxima época.