Ogier tenta desempatar com Alén no número de vitórias, Rovanpera procura um “tri” que só se viu uma vez
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Apesar de se encontrarem no Campeonato do Mundo (WRC) em part-time, Sébastien Ogier e Kalle Rovanpera, ambos pilotos da Toyota, estão no centro das atenções à entrada do 57.º Rali de Portugal, que esta quinta-feira tem shakedown em Paredes de manhã e a superespecial da Figueira da Foz ao final da tarde. Quando a ação começar, o oito vezes campeão do Mundo, recentemente vencedor do Rali da Croácia, pode tornar-se recordista de triunfos da prova portuguesa, desempatando com o finlandês Markku Alén. Como o próprio reconheceu, o francês foi mais feliz quando a prova se realizava no Algarve (vitórias em 2010, 2011, 2013 e 2014), mas também já festejou a Norte (2017), tendo a seu favor o facto de não abrir a estrada, destino esta época entregue ao líder do Mundial, Thierry Neuville (Hyundai i20).
Prova portuguesa do WRC, quinta do calendário e a primeira em piso de terra na Europa, arranca esta quinta-feira com o shakedown em Paredes e superespecial na Figueira. Amanhã, a dureza do Centro já fará diferença.
No entanto, essa condição não é nenhuma sentença nas aspirações de um piloto, como provou Rovanpera em 2022, ano em que se estreou a ganhar tendo partido em primeiro. No ano passado, o prodígio finlandês revalidou o êxito após comandar desde o primeiro dia, tendo agora ao alcance um “tri” que só se viu por uma vez na história. O bicampeão mundial pode igualar a sequência de três triunfos do italiano Miki Biasion (1988 a 1990) e está moralizado por ter arrebatado o primeiro evento de terra do campeonato, o Rali Safari, em março.
SportTV 4 transmite o rali na íntegra. Superespeciais de Figueira da Foz e Lousada e as duas passagem por Fafe passam na RTP
Abrindo a temporada europeia naquele tipo de piso, o Rali de Portugal tem a maior lista de inscritos do ano, com sete antigos vencedores entre os 68 pilotos (Kris Meeke, Ogier, Neuville, Ott Tanak, Elfyn Evans, Rovanpera e Armindo Araújo), o que promete arrastar multidões para os troços.
57.ª edição do Rali de Portugal é repartida por 22 classificativas, o maior número desde 2012. Duplas passagens por Mortágua e por Paredes são as novidades deste ano
Na ausência de Rovanpera a tempo inteiro no Mundial, a etapa lusa arrisca-se a dar o quinto vencedor diferente da temporada, o que já se poderá perceber amanhã, dia das classificativas no Centro. Conhecidas pela extrema dureza, estas especiais devem fazer uma seleção de candidatos, sobretudo por haver uma inédita dupla passagem por Mortágua, habitual palco de drama. Um “inferno” que contrasta com o “passeio” desta quinta-feira nas ruas figueirenses.