O atleta natural de Cuba, de 28 anos, selou o triunfo com um salto de 17,98 metros, à terceira tentativa, mas dominou o concurso desde o início, com 17,61, que, à primeira já lhe daria o triunfo final
Corpo do artigo
Pedro Pablo Pichardo deu esta quinta-feira tons de dourado à Missão de Portugal aos Jogos Olímpicos Tóquio'2020, a mais medalhada de sempre, ao vencer de forma indiscutível a prova do triplo salto, tornando-se no quinto português campeão.
O atleta natural de Cuba, de 28 anos, selou o triunfo com um salto de 17,98 metros, à terceira tentativa, mas dominou o concurso desde o início, com 17,61, que, à primeira já lhe daria o triunfo final.
O segundo salto foi uma réplica do primeiro (17,61) e, depois, arrancou para o recorde nacional, melhorando em três centímetros a marca que já lhe pertencia desde 4 de maio de 2018.
Seguiu-se salto falhado, que redundou num nulo, abdicando do quinto, para, no último, já com as mãos no ouro, tentar, com as pernas, voar para o recorde olímpico ou do mundo. Nulo, novamente, mas o título estava entregue e a consagração marcada para as 18:47 locais (10:47 em Lisboa), na primeira vez desde 21 de agosto de 2008, que o hino nacional tem honras olímpicas.
Atrás de Pichardo ficaram o chinês Yaming Zhu, com 17,57, e Hugues Fabrice Zango, do Burkina Faso, com 17,47, num concurso que não contou com o bicampeão olímpico Christian Taylor, que sofreu uma rotura do tendão de Aquiles em maio, e no qual foram eliminados na qualificação Nelson Évora, campeão em Pequim'2008, e o estreante Tiago Pereira.
Pichardo assegurou o melhor desempenho luso em Jogos Olímpicos, com a conquista de quatro medalhas, depois da de prata de Patrícia Mamona na prova feminina do triplo salto e das de bronze do judoca Jorge Fonseca (-100 kg) e do canoísta Fernando Pimenta (K1 1.000).
Este título permitiu à Missão de Portugal a Tóquio'2020 superar as representações em Los Angeles'1984 e Atenas'2004, nas quais subiu três vezes ao pódio, passando a totalizar 28 medalhas em Jogos Olímpicos (cinco de ouro, nove de prata e 14 de bronze), 12 das quais no atletismo. E Pichardo juntou-se a Carlos Lopes, Rosa Mota, Fernanda Ribeiro e Nelson Évora, entre os portugueses campeões olímpicos.
A poucas dezenas de quilómetros, no Sea Forest Waterways, a canoísta portuguesa Teresa Portela terminou a prova de K1 500 metros no sétimo lugar, pouco depois de ter assegurado um lugar na final, ao ser segunda na sua série das semifinais.
Apesar de se ter focado em K1 200, distância na qual foi 10.ª classificada, a canoísta natural de Esposende concluiu a prova em 01.55,814 minutos, a 4,598 segundos da vencedora, a neozelandesa Lisa Carrington, garantindo um diploma olímpico.
Este foi o melhor resultado olímpico de sempre de Teresa Portela em K1 500 metros, depois do 11.º lugar no Rio'2016 e em Londres'2012, somando ainda um 14.º em Pequim'2008, na sua estreia em Jogos Olímpicos.
O dia de ouro de Portugal na capital nipónica começou com o 23.º lugar do nadador Tiago Campos na maratona de águas abertas.
Na estreia olímpica, o riomaiorense ponderou desistir, após sentir-se mal, mas conseguiu a "vitória" de terminar a prova, em 01:59.42 horas, a 11.08 minutos do vencedor, o alemão Florian Wellbrock.