"Perdermos as três frentes será um fracasso"

Dono do maior orçamento para as modalidades entre os três grandes - 10 milhões de euros, contra os 8,6 milhões do Benfica e os 2,9 do FC Porto -, o Sporting investe mais de metade (5,2 milhões) nas três modalidades profissionais: futsal, hóquei em patins e andebol. Face ao investimento nessas três equipas, Vicente Moura admitiu a O JOGO que a margem de erro é nula e que só se vai contentar com a conquista dos respetivos títulos nacionais.

"Sou o principal responsável quando se ganha e quando se perde. Evidentemente que o objetivo é ganhar, ganhar e ganhar. Estou tranquilo e convencido de que este ano vai ser brilhante em termos coletivos. Perdermos essas três frentes será obviamente um fracasso", sublinhou.

A necessidade imediata de títulos nas três modalidades supracitadas sustenta os elevados valores envolvidos, mas, por outro lado, deixa em banho-maria a aposta em força no regresso do basquetebol e do voleibol à elite. "Se dividirmos o investimento em muitas frações, corremos o risco de não ganhar em lado nenhum. No basquetebol e no voleibol, está prevista uma aposta na formação nos próximos três anos e depois vamos pensar se vale a pena inscrever as equipas nas respetivas terceiras divisões. Nessas modalidades, demos um passo atrás para darmos dois à frente no futuro", salientou.

Elogiando a decisão do presidente Bruno de Carvalho de transferir a totalidade das receitas de quotização para as modalidades, o vice-presidente dos leões garantiu que esta é a maneira ideal de "fintar" a falta de investidores que possam ajudar os desportos coletivos nacionais a atingir níveis de excelência: "Temos alguns investidores, mas os números são diminutos quando comparados com as necessidades. É um dos problemas que temos em Portugal. Este investimento é sinónimo da ambição do Sporting e vai ajudar ao crescimento das modalidades de pavilhão a nível nacional."

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