Pedro Sousa perde nas meias-finais do Oeiras Open: "A idade já não dá para grande coisa"
Apesar da derrota, Pedro Sousa fez um balanço positivo da participação no Oeiras Open, torneio de categoria 125 do ATP Challenger Tour, em que procurava chegar à 17.ª final de carreira no escalão secundário do ATP.
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Pedro Sousa foi travado nas meias-finais do Oeiras Open, ao perder frente ao argentino Juan Manuel Cerundolo, no Complexo de Ténis do Jamor, onde as irmãs Francisca e Matilde Jorge se sagraram vice-campeãs do Oeiras Ladies Open.
Num dia em que centenas de adeptos encheram as bancadas do court central do Jamor, o tenista lisboeta, atual 462.º colocado no ranking ATP e antigo top-100, começou a dupla jornada com um triunfo nos quartos de final, encontro de sexta-feira adiado, devido à chuva, ante o canadiano Steven Diez, em três sets, com os parciais de 7-5, 3-6 e 6-3, em duas horas e 18 minutos.
Depois do duelo com Diez (269.º ATP), jogando a um alto nível e protagonizando jogadas de levar o público ao rubro, com tamanha mestria, Pedro Sousa entrou no encontro das meias-finais com o jovem Cerundolo, de 21 anos, algo retraído e aparentemente desgastado, e cedeu a qualificação para a final em dois parciais, por 6-2 e 6-4.
"Já sabia que o arranque ia ser difícil, a idade já não dá para grande coisa [34 anos], mas foi um mau dia para enfrentar um jogador deste tipo, que passa todas as bolas e mais algumas e de todas formas, altas, baixas, cortadas, e eu ia ter que estar muito fresco para dar luta e infelizmente não estava e não tive grande hipóteses", resumiu o português, assumindo o cansaço.
Apesar da derrota, Pedro Sousa fez um balanço positivo da participação no Oeiras Open, torneio de categoria 125 do ATP Challenger Tour, em que procurava chegar à 17.ª final de carreira no escalão secundário do ATP.
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"Foi uma boa semana, joguei bem, estou contente por ter jogado as meias-finais de um torneio desta dimensão e acredito que as pessoas também tenham gostado. Foram bons dias de ténis e só tenho pena de não ter chegado mais fresco para jogar nas melhores condições esta tarde", frisou.
Já em relação ao episódio algo insólito durante o segundo set, após o pedido do árbitro de cadeira a solicitar ao público para se conter entre o primeiro e segundo serviço de Cerundolo, que levou o supervisor a intervir em direção à claque e de seguida (na pausa do encontro) a descer ao court, Pedro Sousa não gostou e fez questão de defender que "não houve falta de respeito".
"Acho que ele [supervisor] tomou uma má decisão. Não gostei da maneira como ele falou e pela razão que falou, acho que não teve razão nenhuma. Eles tinham gritado no meio de um serviço, mas enquanto o árbitro estava a descer da cadeira e não foi quando ele [Cerundolo] se estava a preparar. E falar em tom de ameaça para a zona onde estavam os meus filhos, os meus sobrinhos, os meus primos e os meus melhores amigos foi completamente despropositado", explicou, lembrando que é normal os portugueses viverem ambientes semelhantes em outros países, como Argentina, Uruguai, Brasil e outros.
Consumada a despedida do Oeiras Open 125 de Sousa, a jogar os últimos torneios da carreira, por esta altura, foi a vez de as irmãs Francisca e Matilde Jorge cederem perante a norueguesa Ulrikke Eikeri e a japonesa Eri Hozumi, primeiras cabeças de série, por 6-4, 4-6 e 10-5, sagrando-se vice-campeãs do Oeiras Ladies Open, o ITF de 100.000 dólares que está a decorre em simultâneo no Jamor.
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