Saltador é o atleta mais bem pago da sua modalidade em Portugal, recebendo de Benfica, Puma e Comité Olímpico de Portugal
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Pedro Pichardo, vencedor do triplo salto na Liga Diamante, medalhado de prata nos Jogos de Paris’2024 e no Europeu de Roma, foi homenageado pelo Município de Palmela, na Escola Secundária de Pinhal Novo, perto de onde vive, e revelou que espera “reuniões com o Primeiro-ministro e com o presidente do Benfica, Rui Costa, para tentarmos procurar uma solução e, juntos, continuarmos a dar alegrias ao país”.
Fazendo depender a sua carreira das garantias que receber, Pichardo voltou a ser polémico ao dizer estar “um bocadinho cansado de tirar do meu próprio bolso”, porque tem de “pagar muitas coisas que acho deveriam ser as entidades a pagar”. E deu um exemplo: “Tenho um fisioterapeuta que não trabalha só comigo, trabalha com a FPA. Acompanha-me, mas só está comigo quando são competições da seleção. E não participo só nessas. Também fui à Liga Diamante, e fui sozinho”.
O que o duas vezes medalhado olímpico não contou foi ter auferido 41 400 euros no total de três provas da considerada liga milionária – 27 mil deles do triunfo no passado sábado, em Bruxelas –, além de prémios de 37 500 euros do Estado português, pelas pratas nos Jogos e no Europeu. Em 2021, ano em que foi campeão olímpico e europeu, o prémio do Governo foi de 65 mil euros, e em 2022, com o título mundial, um ouro e uma prata em Europeus, totalizou 47 500 euros.
Atleta mais bem pago da sua modalidade em Portugal, o saltador está em fim de contrato com o Benfica - que não representa em competição desde fevereiro de 2023 -, mas tendo opção de renovação até 2028. Do clube, sabe O JOGO, aufere mais de 12 mil euros mensais, aos quais soma um patrocínio da Puma e os 1750 de bolsa do Comité Olímpico (mais apoio médico e 1400€ para o seu treinador), num total que, com prémios, superará os 20 mil euros/mês.