Selecionador de andebol sublinhou que Portugal bateu a Tunísia por oito golos gerindo os jogadores para a finalíssima com a Hungria
Corpo do artigo
Portugal venceu a Tunísia por 37-29 e vai ter este domingo, frente à Hungria (20h00), o jogo decisivo na qualificação para os Jogos Olímpicos. Paulo Jorge Pereira, selecionador nacional de andebol, continua otimista e explicou a importância de ter ganho descansando jogadores importantes como os irmãos Martim e Kiko Costa.
Está cumprido o objetivo de bater a Tunísia, mas com alguns momentos excelentes e outros menos bons. Concorda?
“Ganhando por oito golos, devemos sublinhar o total. Às vezes conseguimos superar os guarda-redes, outras vezes não, mas fomos encontrando sempre soluções, entre algumas falhas técnicas. Mas isto faz parte do jogo. Conseguimos gerir o esforço dos jogadores, poupando alguns para o jogo de amanhã, por diversas razões. Tínhamos falado nisto antes do início, considerando este um jogo que são dois: começou hoje, mas só acaba amanhã. Foi a pensar nisso que fizemos este jogo e, vencendo por oito, creio que é uma vitória inquestionável. Temos tendência para nos focarmos naqueles dez minutos em que jogamos mal, esquecendo os 50 minutos em que jogamos de forma excecional. Já estou habituado a isso, porque sou português...”
Portugal tem de ganhar à Hungria, faltando saber se por um ou mais golos...: "Não gosto de sofrer antes do tempo. Vamos esperar para saber se ganha a Noruega ou a Hungria, ou se empatam. Só com os dados em cima da mesa saberemos, mas isso não deve modificar muito o planeamento para o jogo da Hungria, que já está praticamente feito. Falta apenas esse dado numérico, para nos permitir atacar o jogo com um objetivo claro. Sabendo esse resultado, siga para o objetivo final”.
A Hungria tem um estilo de jogo que se encaixa melhor no português? “Atenção que a Hungria tem melhorado muito. Não é por acaso que ficou em quinto lugar no Europeu. Não é uma equipa qualquer. Tem um estilo de jogo diversificado, muito bem elaborado, com inícios idênticos mas muitas variantes e jogadores muito corpulentos. Isso pode ser uma vantagem para nós, se o soubermos explorar. Mas também pode ser uma desvantagem. Se o soubermos explorar, pode ser bom para nós ter essa desvantagem em termos de peso e dados antropométricos. Encaixar ou não dependerá do que vai acontecer. A verdade é que estamos, uma vez mais, com a opção de ir a Paris. O que queríamos era chegar ao último jogo com essa opção. Vamos com tudo!”