Paulo Gonçalves deverá estar à partida da etapa desta manhã, a décima do Dakar"2016, que foi atrasada pela organização em virtude da tempestade que assolou a região de Belen durante a noite e fez os rios extravasar do leito.
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O piloto português trabalhou durante a noite na reparação da sua mota, depois de ontem ter chegado rebocado ao acampamento, tendo contado, ainda, com a colaboração do português Mário Patrão.
Gonçalves substituiu algumas peças do motor, como o pistão e a cabeça do cilindro, mantendo, no entanto, o corpo principal do propulsor, escapando, assim, à penalização de 15 minutos por troca de motor.
No entanto, a organização, ao contrário do que foi dizendo ao longo do dia de ontem, reviu a classificação. Assim, os 12 pilotos que completaram a tirada viram os seus tempos contar (incluindo Hélder Rodrigues, oitavo do dia), enquanto que, para os restantes, foi feita uma extrapolação do tempo. Ou seja, terminaram a etapa de forma virtual, numa decisão polémica e que terá resultado de protestos de alguns pilotos que conseguiram chegar ao final. Contudo, alguns dos que não chegaram dizem que não o fizeram porque foram avisados pela organização que a corrida estaria interrompida.
Assim, a Paulo Gonçalves foi atribuído o 13º tempo do dia, a 31m56s de Toby Price, declarado vencedor.
Na geral, o piloto português da Honda caiu para a terceira posição, a 34m01s de Price. Hélder Rodrigues é sétimo, a 50m03s.
Mário Patrão entrou no seu objetivo, um lugar nos 20 primeiros, sendo precisamente o vigésimo da geral, mas já a 2h45m58s.
A etapa de hoje, a décima, que liga Belen a La Rioja, tem uma especial de 278 quilómetros, mas mistura os concorrentes das motas com os carros e os camiões.
Os primeiros dez carros partem depois das primeiras dez motas, seguindo-se os primeiros cinco camiões.
Paulo Gonçalves é um dos prejudicados pois parte a seguir aos camiões, tendo que ultrapassar muita gente ao longo da tirada.