Paulo Freitas: "Não nos podemos queixar destes 12 segundos, mas dos 40 em que sofremos dois golos"
Declarações do selecionador Paulo Freitas após o jogo Argentina-Portugal (4-4), da terceira e última jornada do Grupo A do Mundial de hóquei em patins
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O resultado: “Há um sentimento de grande frustração. Depois do trabalho enorme que a equipa fez, tudo ruiu a 12 segundos do fim. Hoje, vamos fazer o luto, mas a partir de amanhã é um novo dia. O jogo teve alternâncias. Entrámos por cima e colocámos dificuldades à Argentina, que tem uma capacidade interessante em ações de um contra um, desgasta-nos muito fisicamente, cria lateralidade e profundidade no seu jogo, e acabou por encurtar distâncias e colar-se no marcador.
Penálti de Ordóñez no 2-1: "Em quatro golos, a Argentina anotou dois de bola parada. Esse é um dos momentos marcantes, porque permitiu aproximarem-se quando nós estávamos por cima, a controlar o jogo e a levá-lo para a dimensão que nos interessava. Depois, quando estava tudo muito repartido, sofremos um golo que não podíamos numa ação específica de quatro contra cinco. Vamos analisar e perceber onde é que falhámos."
Os segundos: "Não nos podemos queixar destes 12 segundos, mas daqueles 40 em que sofremos dois golos num momento de desconcentração frente aos Estados Unidos [vitória por 10-2, na jornada inaugural]. Temos de ser mais amplos a pensar na questão do primeiro lugar. Tínhamos de ganhar hoje, mas, se tivéssemos feito coisas que devíamos ter feito noutros jogos, se calhar tínhamos entrado aqui em circunstâncias diferentes. Obviamente, nada está perdido. Vencer o grupo era um objetivo intermédio, que assumimos de forma clara, para que, depois, tivéssemos uma dimensão diferente em termos de dificuldade nos quartos de final, mas não é por aí que vamos alterar algo em relação ao que temos de fazer."
Avaliação à França, adversária na próxima fase: "É uma equipa muito forte e com uma dimensão física assinalável. Temos de ter a capacidade e a inteligência de não levar o jogo para essa dimensão, na qual eles saem a ganhar. Ganhámos à França na última competição [por 3-0, no arranque da fase de grupos da Golden Cat, em 29 de agosto], pelo que não vamos trazer más sensações do torneio de Montreux, senão também tínhamos de analisar as vicissitudes daquele jogo [derrota por 5-6, em março, na primeira fase da Taça das Nações]. Vamos descansar de forma ativa e preparar bem o embate com a França para podermos estar nas meias-finais”.