Paris'2024: Thomas Pidcock bisa e Pauline Prévot estreia ouro em cross country
O ciclista britânico Thomas Pidcock revalidou esta segunda-feira o título de cross country (XCO) dos Jogos Olímpicos Paris'2024, depois da conquista em Tóquio'2020, e a francesa Pauline Ferrand-Prévot, pentacampeã mundial, venceu o seu primeiro título olímpico.
Corpo do artigo
Para chegar à vitória, Pidcock teve que fazer uma recuperação louca, após sofrer um furo na roda dianteira, e depois enfrentar um mano a mano de tirar o fôlego com o francês Victor Koretzky, na colina de Elancourt que, com 231 metros, é o ponto mais alto da região de Paris.
Pidcock, que completa 25 anos na terça-feira, fez o percurso em 01:26.22 horas, confirmando o favoritismo à largada, depois de acelerar a fundo a partir da terceira das oito voltas do circuito, e Koretzky foi o único a conseguir segui-lo.
Mas, apenas uma volta depois, o britânico foi obrigado a trocar a roda, sendo ultrapassado por vários competidores.
O percalço não impediu o britânico de pedalar rumo ao ouro, passando por vários adversários até encontrar Koretzky e ambos protagonizaram um final de prova entusiasmante, com o agora bicampeão olímpico a conseguir a vitória nos últimos metros.
Koretzky ficou com a prata, a nove segundos, e o sul-africano Alan Hatherly terminou na terceira posição, a 11 segundos de Pidcock.
Assim, o ciclista de Leeds (Inglaterra), com 1,70 metros e 58 quilos, obteve a sua segunda medalha de ouro na especialidade, abrilhantando uma carreira com títulos no ciclocrosse, em que foi campeão do mundo em 2022, e na estrada, com um triunfo no Alpe d’Huez, no Tour'2022, e as clássicas Amstel Gold Race em 2024 e Strade Bianche em 2023.
No quadro feminino, cuja final foi disputada no domingo, Pauline Ferrand-Prévot foi a vencedora da corrida de cross-country na colina Elancourt.
Aos 32 anos, a gaulesa, que atacou na penúltima volta à pista, obteve categoricamente o seu primeiro título olímpico, sem dar hipóteses à concorrência, com a norte-americana Haley Batten e a sueca Jenny Rissveds a cortarem a linha da meta a quase três minutos.
De resto, este era um desfecho aguardado para a favorita, a quem, com vários títulos mundiais, só faltava mesmo o ouro nos Jogos.
Isto, depois de três atípicas participações, em Londres (25.ª), Rio (desistência) e Tóquio (10.º), para uma atleta que domina a modalidade há uma década.
Já a portuguesa Raquel Queirós, de 24 anos, foi 29.ª classificada na sua segunda participação nos Jogos, tendo terminado a duas voltas da vencedora.