Samson Cheruiyot deixa apelo ao Governo do Quénia no sentido de apurar as circunstâncias do acidente que matou o recordista mundial da maratona
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Samson Cheruiyot, o pai de Kelvin Kiptum, recordista mundial da maratona falecido no passado domingo, num acidente de viação, pede que o Governo do Quénia investigue os contornos da tragédia.
"Algumas pessoas vieram cá a casa há uns tempos à procura do Kiptum e não se quiseram identificar. Pedi-lhes identificação, mas eles preferiram sair. Era um grupo de quatro pessoas", afirmou, citado pelo imprensa local. "Era o meu único filho. Deixou-me, deixou a mãe e os filhos. Não tenho mais nenhum filho. A mãe dele esteve doente. Estou profundamente triste", lamentou, emocionado, Samson Cheruiyot.
"Recebi a notícia da morte do meu filho enquanto estava a ver as notícias. Fui ao local do acidente, mas a polícia já tinha levado o corpo. Disse-me que alguém nos ia ajudar a construir uma casa", lembrou.
A morte aos 24 anos de Kiptum, recordista mundial com 02:00.35 horas e que era o principal candidato a baixar das duas horas na maratona, causou enorme comoção no Quénia e nos amantes e praticantes de atletismo, com inúmeras demonstrações de consternação e mensagens de condolências.
O jovem maratonista, que além do recorde do mundo detinha a terceira e a sétima melhores marcas na distância, e o seu treinador Gervais Hakizimana morreram no domingo à noite, num acidente entre Eldoret e Kaptagat, no oeste do Quénia, num carro que o próprio atleta conduzia.