Omar Khelif assegura não haver motivos para qualquer dúvida em torno do género da pugilista argelina
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Omar Khelif, pai da argelina Imane Khelif, pugilista que está no centro de uma grande polémica nos Jogos Olímpicos, não compreende a discussão em torno do sexo da atleta, que tem feito correr muita tinta.
"A minha filha é uma menina. Ela foi criada como menina. Ela é uma menina forte. Eu criei-a para ser uma trabalhadora árdua e corajosa. Ela tem uma vontade forte de trabalhar e de treinar. A adversária italiana que ela defrontou não conseguiu derrotar a minha filha, porque a minha filha foi mais forte, e ela foi mais suave", disse à Sky News,
Este sábado foi anunciado que Federação Internacional de Boxe (IBA) vai premiar financeiramente Angela Carini, depois de a italiana ter sido eliminada pela argelina Imane Khelif na categoria de -66 kg do torneio olímpico feminino de Paris'2024.
Carini abandonou o combate aos 46 segundos, após ser atingida no nariz, sendo eliminada nos quartos de final por Imane Khelif, uma das duas pugilistas no centro da controvérsia sobre o género no torneio olímpico de boxe.
A questão de género está a provocar um braço de ferro entre o Comité Olímpico internacional e a IBA, que pode comprometer mesmo a manutenção dos torneios olímpicos de boxe nos moldes atuais, mas Yu-ting, outra visada, e Khelif parecem contar com o respaldo do organismo liderado pelo alemão Thomas Bach.
A argelina foi particularmente "atingida" na sequência da desistência de Carini, após menos de um minuto de combate, com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, a argumentar que as atletas "não estavam em pé de igualdade" e Donald Trump, candidato republicano às presidenciais dos Estados Unidos, a escrever na rede social X que manterá "os homens fora dos desportos femininos".