Ott Tanak: "Travei antes da linha de chegada, para ter a certeza que o Seb ficava à frente"
Piloto da Toyota geriu o tempo da power stage até aos últimos metros, pois queria manter Sébastien Ogier na liderança do Mundial antes do próximo rali de terra
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"Definitivamente, foi uma das minhas vitórias mais duras de sempre", declarou Ott Tanak em Fafe, no momento em que confirmou o triunfo no Rali de Portugal, que teve um desfecho emotivo até aos últimos metros.
O piloto da Toyota sabia que o triunfo já não lhe devia fugir e que a liderança do Mundial dependia dos pontos a atribuir na power stage - 5, 4, 3, 2 e 1 aos cinco mais rápidos - pois a prova portuguesa estava a terminar com Sébastien Ogier na terceira posição, deixando-o empatado a 137 na classificação do WRC.
Como o próximo rali é em Itália, na Sardenha, e em pisos de terra, Tanak e Ogier não queriam chegar lá no topo do Mundial, por isso significar ser o primeiro na estrada, uma desvantagem que em Portugal provou ser importante.
"Ainda aqueci os travões antes da linha de chegada, para ter a certeza que o Seb vai à frente para a Sardenha", revelou Tanak, que foi terceiro na power stage.
O francês da Citroën, que somou os 5 pontos da última classificativa, não estava feliz. "Isto acaba por ser uma má notícia. Não estava a planear abrir a estrada na Sardenha". Se a última discussão foi emocionante, o rali não o foi menos. E Ott Tanak confessou-o: "Antes do rali, ganhar parecia difícil. Ontem à noite sentia-me realmente mal, mas consegui gerir isto".
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