Miguel Laranjeiro, presidente da Federação de Andebol de Portugal, expressou apoio à decisão do Comité Olímpico Internacional
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O presidente da Federação de Andebol de Portugal (FAP), Miguel Laranjeiro, disse que "imperou o bom senso" no adiamento dos Jogos Olímpicos Tóquio'2020 para 2021, para o qual a seleção portuguesa irá tentar a qualificação.
"Os Jogos têm uma importância global, representam a união dos povos, mas a sua realização não pode estar acima das questões de saúde publica e da integridade dos atletas, espectadores e restantes agentes", disse à agência Lusa Miguel Laranjeiro.
Portugal vai disputar o torneio de qualificação para os Jogos Olímpicos Tóquio'2020 com as seleções de França, Croácia e Tunísia, que estava inicialmente previsto para abril, em Paris, e que agora aguarda nova data para a sua realização.
"O torneio pré-olímpico estava marcado para abril, em Paris, depois foi adiado para junho e agora, face ao adiamento dos Jogos, terá que ser fixada uma nova data", explicou o presidente da FAP, considerando que assim se ganha mais tempo.
Miguel Laranjeiro recorda que o adiamento dos Jogos Olímpicos para 2021 obriga a uma nova planificação do calendário nacional e internacional no que toca a encaixar e adaptar as novas datas com as previstas anualmente para as competições.
O dirigente acrescentou que está em constante contacto por videoconferência com os clubes, associações e demais responsáveis, para acompanhar a situação e garantir de forma "responsável, serena e calma" o normal funcionamento do organismo.
A FAP está também atenta e em permanente contacto com a Federação Europeia de Andebol (EHF) e a Federação Internacional de Andebol (IHF), seguindo as diretrizes traçadas pelos dois organismos, e com os organismos nacionais.
Os campeonatos nacionais de andebol estão suspensos e Miguel Laranjeiro reserva para o início do mês de abril nova avaliação da situação, que se encontra em constante monitorização, em conjunto com os clubes e associações regionais.
Os Jogos Olímpicos Tóquio'2020 foram adiados para 2021, devido à pandemia de covid-19, anunciaram hoje o Comité Olímpico Internacional (COI) e o Comité Organizador dos Jogos, em comunicado.
"Nas presentes circunstâncias e baseado nas informações dadas hoje pela Organização Mundial de Saúde, o presidente do COI [Thomas Bach] e o primeiro-ministro do Japão [Shinzo Abe] concluíram que os Jogos da XXXII Olimpíada em Tóquio devem ser remarcados para uma data posterior a 2020 e nunca depois do verão de 2021", lê-se no comunicado.
Esta decisão foi, de acordo com o mesmo documento, tomada "para salvaguardar a saúde dos atletas, de toda a gente envolvida nos Jogos Olímpicos e de comunidade internacional".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 17.000 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro de 2019, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Em Portugal, há 33 mortos e 2.362 infetados confirmados. Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.