Oliveirense e FC Porto iniciam este sábado a luta pelo título e a equipa que nunca foi campeã parece partir à frente.
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Passada uma negra de emoções fortes nas meias-finais, com o FC Porto a deixar o Benfica de fora da final da Liga pela primeira vez desde 2008, dragões e Oliveirense começam hoje (21h30) a corrida pelo título, numa luta à melhor de cinco que se pode estender até dia 20. Com as águias fora da discussão, não é sobre os azuis e brancos que recai o tradicional favoritismo: as casas de apostas são as primeiras a dar mais possibilidades à equipa que foi a quatro finais na Liga Profissional, mas não luta pelo título desde 2003.
O clube histórico do distrito de Aveiro realizou a melhor temporada desde que a equipa regressou ao escalão máximo (2013/14), terminando a fase regular em primeiro, sinónimo de fator casa em todo o play-off - caso a final vá até à negra, esta decide-se em Oliveira de Azeméis. Em cinco confrontos com os portistas esta época, os homens de Norberto Alves venceram todos, mas a equipa de Moncho López também tem pontos a seu favor: depois de ter sido terceira na fase regular, subiu de rendimento no play-off e agora lidera a maioria dos índices estatísticos.
"Não sei porque alguém pensava que não íamos chegar à final. Eu acreditava muito. Este ano, a equipa deu sinais muito positivos", defendeu Moncho López ao Porto Canal, admitindo que o desgaste de ter feito um quinto jogo há quatro dias possa pesar no grupo, que continua a ter Will Sheehey em dúvida. "Só chegámos a casa perto das quatro da manhã, mas há que entrar em campo procurando energia em todos os lados."
Por seu turno, a Oliveirense fez o play-off sem derrotas e Norberto Alves não esconde o sonho de conquistar um título inédito. "Estamos prontos. Quem é campeão todos os dias fica mais perto de ser campeão no final da época. Para o FC Porto, que é um clube grande e está habituado a estes momentos, é tentar cumprir uma obrigação. Para nós, é cumprir um sonho. É uma responsabilidade grande, mas os jogadores só têm de fazer o que lhes pedi jogo a jogo", defende o treinador, que, na prática, terá a primeira final da carreira - em 2013 levou a Académica a finalista, mas depois não esteve no banco por razões de saúde.