No Viseu 2001 desde 2017/18, o capitão Pedro Peixoto dá conta de uma época atípica devido às recorrentes baixas por lesão ou covid-19. Apesar dos contratempos, acredita na subida de rendimento.
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Pedro Peixoto, 30 anos, é, desde há uns anos, pedra basilar no conjunto do Viseu 2001 e enverga a braçadeira de capitão. O internacional sub-21 português fez toda a formação no Braga/AAUM e não esconde o carinho que sente pelo emblema minhoto, contudo, já se sente parte de Viseu. "Passei alguns dos meus melhores anos no Braga/AAUM. É o clube da minha cidade e senti um enorme orgulho ao representá-lo. Aprendi muito como jogador e como ser humano, tudo era fantástico, mas já me sinto parte de Viseu. Tenho cá tudo e construí uma vida na cidade", revela o universal.
Na Liga Placard, a formação liderada por Paulo Fernandes ocupa a 11.ª posição da tabela classificativa e tem-se mostrado aquém das expectativas. Para o jogador, o principal fator para a época "instável" é o recorrente desfalque do plantel, ora por lesões, ora por covid-19, o que dificulta o entrosamento e o contexto de treino. "Está a ser uma época atípica. No início tínhamos bastantes jogadores, mas nos últimos tempos tínhamos apenas seis. A verdade é que, com esses seis, acabámos por unir forças e alcançar resultados positivos", sublinha Pedro, confiante numa boa resposta da equipa nos próximos tempos: "Vieram alguns jogadores novos, com qualidade, e queremos reerguer-nos. Acredito que o grupo vai subir de rendimento do grupo e que fará um bom campeonato para sairmos do fundo da tabela. Depois, é apontar aos play-off", vinca o capitão de equipa.
Internacional sub-21 pela Seleção Nacional, Peixoto relembra a sensação de vestir a camisola de Portugal e continua a sonhar com uma chamada de Jorge Braz. "Representar Portugal foi fantástico e senti um enorme orgulho. É uma sensação mágica. Ainda sonho com uma chamada à Seleção principal e trabalho muito para isso. Acho que já fiz bons campeonatos e até houve uma altura em que pensei que fosse chamado, porque me sentia mesmo bem. A Seleção tem bastante qualidade. As coisas a seu tempo chegarão. Se não chegarem, também não vou ficar triste", diz o universal do Viseu 2001.
"Sou um capitão tímido"
Aos 30 anos, Pedro Peixoto enverga a braçadeira de capitão e assume um papel importante no balneário do Viseu 2001. Todavia, em tom descontraído, o jogador diz não ter "perfil de capitão", pois é "muito tímido e reservado". "Apesar de ser o capitão de equipa, acho que não tenho o perfil certo. Sou mais calado e mais reservado, não sou muito de discursos motivacionais. Mas é bom capitanear este grupo e este clube. Eles olham para mim como um exemplo a seguir e tenho uma responsabilidade acrescida. Eles sabem que ajudo em tudo e gosto de responder dentro de campo", conta.
Pedro foi pai há pouco tempo e afirma ser difícil conciliar o trabalho com estes primeiros tempos da paternidade, avançando quais os principais desafios de ter que assumir as duas "profissões".
"Eu digo que tenho duas profissões: ser pai e ser jogador de futsal, e amo. Mas tem sido um desafio para mim. O tempo é a minha principal dificuldade. Durante a semana, como os treinos são de manhã, consigo conciliar as coisas e passar tempo com o meu filho. E claro, os sonos também andam todos trocados. Isso também é difícil", descreve.