O barcelense Joaquim Rodrigues Jr. (Hero) foi o melhor representante nacional no primeiro dia do Dakar'2022
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Os portugueses presentes na 44.ª edição do rali Dakar de todo-o-terreno tiveram um arranque cauteloso na especial de qualificação, com 19 quilómetros, em que o barcelense Joaquim Rodrigues Jr. (Hero) foi o melhor representante nacional.
O piloto da Hero concluiu esta primeira parte da primeira etapa na 11.ª posição, a 3.05 minutos do vencedor, o australiano Daniel Sanders (Gás Gás), após a aplicação de um coeficiente de cinco definido nos regulamentos - o tempo de cada piloto era multiplicado por cinco.
"Não foi uma especial tão fácil como eu esperava. Comecei com um ritmo forte, mas o inchaço nos braços (arm pump) fez com que fosse difícil segurar bem a mota. De qualquer forma, rodei de forma segura e trouxe a mota até à meta", explicou o piloto de Barcelos.
Sanders deixou o chileno Pablo Quintanilla (Honda) a um minuto - tinha terminado a 12 segundos antes da aplicação do coeficiente - e o piloto do botsuana Ross Branch (Yamaha) a 1.55 minutos.
Por seu lado, Rui Gonçalves (Sherco) foi 22.º, a sete minutos do líder.
"Senti-me bem durante toda a etapa e penso que estou num bom lugar de saída para amanhã (domingo), que será quando começa a verdadeiramente a primeira etapa deste rali. O importante é continuar focado e concentrado pois ainda temos muitos dias pela frente", frisou o transmontano.
O alentejano António Maio (Yamaha), capitão da GNR, foi 30.º, a 10.45 minutos de Sanders, após ter perdido algum tempo numa duna.
"Tive um pequeno percalço numa duna. Deixei a mota enterrar-se e perdi um bocadinho de tempo. O prólogo tinha muita areia, dunas e também era um bocadinho rápido. A mota está impecável e amanhã (domingo) é que vai começar a sério", explicou António Maio, depois de "ter feito uma ligação enorme [cerca de 600 quilómetros] que, para variar, foi uma enorme seca, mas é assim o Dakar".
Mário Patrão (KTM) foi 56.º e é o segundo entre os veteranos, num ano em que faz a prova sem assistência.
"Na classe "Original by Motul" temos de procurar um equilíbrio perfeito entre o desgaste da mota e o meu. É meu objetivo ir avançando de forma cautelosa na classificação, pois qualquer falha não planeada pode trazer-nos dissabores" referiu o piloto de Seia.
Alexandre Azinhais (KTM) foi 86.º, Arcélio Couto (Honda) 97.º, Paulo Oliveira (KTM) 102.º e Pedro Bianchi Prata (Honda) 113.º.