Pioneiro na modalidade em Portugal, estreou-se em 2017, foi campeão e representou o país nos Jogos Paralímpicos de Atenas, em 2004
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O surfista português Nuno Vitorino foi eliminado, esta sexta-feira, do Mundial de surf adaptado, ao ser quarto classificado na sua bateria dos quartos de final da classe prone 2, tendo anunciado, depois, o final da sua carreira.
"Não saio triste, há uma sensação de dever cumprido", afirmou Nuno Vitorino, logo após ser eliminado do ISA World Parasurfing Championship, que termina no sábado, em Pismo Beach, Califórnia.
Vitorino, pioneiro do surf adaptado em Portugal, acabou por se resignar com o desaire, numa carreira em que se destaca a sua presença enquanto atleta paralímpico nos Jogos Paralímpicos de Atenas 2004 como nadador e ser fundador da Associação Portuguesa de Surf Adaptado.
"Surfámos bem, fizemos boas ondas e foram uns quartos de final bem disputados. Não há mais nada a dizer, os outros foram melhores", disse o antigo campeão europeu, finalista mundial (quarto lugar) em 2018 e campeão do campeonato britânico em 2020.
Além da despedida deste Mundial, Nuno Vitorino, 44 anos, anunciou a decisão do encerramento da carreira desportiva:
"Acho que fui um bom embaixador do Desporto. Levei muitos atletas portadores de deficiência para as ondas e esse é o meu maior legado. Mais do que os títulos ou as medalhas, ter feito do surf adaptado, agora parasurfing, uma realidade de que nos podemos orgulhar em Portugal, vale muito mais do que qualquer título. Isto não é uma despedida, longe disso, estarei todos os dias que puder na praia para continuar a surfar e ajudar pessoas na minha situação a sorrir."
No sábado, o último dia do ISA World Parasurfing Championship será também o dia decisivo para Portugal, com Marta Paço na final de VI1 feminino e Camilo Abdula na final de Stand 1 masculino.