Capitão Nuno Marques assumiu que a primeira jornada do duelo entre Portugal e Israel correu muito bem, mas lembrou que, apesar da vantagem de 2-0, a eliminatória da Taça Davis em ténis ainda não está ganha.
Corpo do artigo
O capitão Nuno Marques assumiu que a primeira jornada do duelo entre Portugal e Israel correu muito bem, mas lembrou que, apesar da vantagem de 2-0, a eliminatória ainda não está ganha. "Foi um dia muito positivo, mais um grande dia de Davis. No primeiro jogo, o João esteve muito forte, muito sólido. Gostei muito do júnior israelita [Yshai Oliel], mas ele não teve oportunidades. Procurou-as, mas o João esteve a um nível muito bom", começou por analisar o selecionador nacional.
Nuno Marques prosseguiu elogiando a combatividade de Israel, que qualificou de "grande equipa", antes de reconhecer que Gastão Elias teve dificuldades a entrar no encontro com Dudi Sela. "O Gastão andou à procura do seu ritmo e teve muito mérito ao dar a volta. Estão os dois a jogar a um nível muito elevado, com atitude. O nível está lá, é ficarem tranquilos. O dia correu muito bem, mas ainda não ganhámos a eliminatória", realçou.
Elias não fugiu às responsabilidades e admitiu que não entrou bem no encontro com Dudi Sela, em que acabou por vencer em quatro sets. "Tive algumas dificuldades em ativar-me, estava muito apático. Entrei um bocado a dormir e isso a este nível paga-se caro. Ele passou logo para a frente e é difícil correr atrás do prejuízo. Mas estava tranquilo, porque sabia que jogando a um nível bom conseguiria ganhar, porque tenho mais armas que ele neste piso", disse.
O número dois nacional explicou que, às vezes, na Taça Davis, os jogadores entram mais lentos por terem noção de que o encontro pode tornar-se numa maratona. "Entrei devagar, mas não entrei em pânico, porque confiava que ia dar a volta. [No segundo set] houve uma alteração na atitude, sabia que se continuasse naquela lengalenga teria dificuldades de dar a volta ao encontro e procurei formas de me ativar. Uma delas foi com o treinador deles, porque vi que ele apontou para mim e para a juiz-árbitro e isso serviu como fósforo", contou.
Elias elogiou ainda o selecionador nacional, gabando-lhe a paciência: "Ter uma pessoa ali no banco ajuda, é melhor do que ter de passar por aquilo sozinho. O Nuno percebeu que eu não estava no melhor momento, nas melhores condições. E o Nuno apoiou-me e teve muita paciência, porque é preciso ter paciência para me ver jogar àquele nível do primeiro set".
Já João Sousa mostrou-se satisfeito pelo "excelente encontro" realizado frente a Yshai Oliel e pelo facto de ter conseguido manter-se sempre focado.
"Sabia que ele era um jogador que não tinha tanta experiência como eu na Taça Davis, mas que era um jogador perigoso. Sabíamos que era um bom júnior, vinha de fazer bons resultados. Ele realmente não teve muitas oportunidades para estar por cima do encontro, mas teve uma atitude exemplar para quem tem 17 anos", completou.
O número um nacional, que venceu o jovem israelita por 6-1, 6-1 e 6-2, reconheceu que sabia que o seu nível de ténis era superior.
"Nem sempre é fácil manter os níveis de concentração e de jogo, mas penso que o consegui fazer", concluiu.