Declarações após o jogo Benfica-Sporting (7-5, após prolongamento), o quarto da final do play-off do campeonato português de futsal, realizado na quarta-feira no Pavilhão Fidelidade, em Lisboa
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Cassiano Klein (treinador do Benfica): “Fizemos um jogo muito aquém fora de casa e hoje, novamente, sofremos um golo em poucos segundos. Foi preciso lidar com isso e ter a força mental para não desistir do jogo, pela época que fizemos, longe dos holofotes, e sendo o último jogo no nosso pavilhão, merecíamos essa sinergia no final para agradecer o carinho dos adeptos. O Sporting também foi muito forte mentalmente. Isso mostra a grandeza deste jogo e como a negra está em aberto.
A equipa do Sporting é muito desafiante, principalmente nestes jogos muito próximos. O trabalho é muito elaborado e eu fico praticamente 12 horas a editar vídeos à procura de alguma vantagem. O que temos feito é fantástico, pela maneira como competimos. O maior desafio, no início da época, era ter esta entrega e vontade de competir, igual à do Sporting. A equipa entendeu que, para conseguir alguma coisa, tem de ter uma dedicação muito forte e força emocional.
Tenho a convicção de que fizemos um grande jogo, mas também estou convicto de que, se entregarmos o que entregámos hoje, não venceremos. Sinto que o Sporting vai elevar o nível deles, mesmo tendo feito também um grande jogo hoje. Temos de ter a humildade de entender que fizemos um grande jogo, mas, se queremos de verdade essa conquista, temos de ter uma concentração muito grande lá”.
Nuno Dias (treinador do Sporting): “O que conta e fica é o resultado final. O Benfica venceu no prolongamento e empata esta final. Falta uma vitória às duas equipas. É descansar e analisar. Acho que cometemos alguns erros defensivos, que normalmente não costumamos cometer, e vamos com o sentimento de que os pagámos demasiado caro. Se queremos ser campeões, temos de os corrigir.
Acho que o Benfica pode muito bem explorar o pivô mais vezes, pela forma leal como os nossos fixos disputam os duelos. Se acontecesse o mesmo do outro lado, talvez os jogos fossem diferentes. A ausência do Tomás Paçó é sempre um dado importante nesse aspeto, mas o Higor de Souza e o Jacaré fazem sempre muito tempo de jogo.
O Zicky Té tem mais 15 faltas cometidas do que o pivô do Benfica, para aí. Acho que os jogos deviam ser mais leais, tal como o Diogo Santos e o Wesley Reinaldo defendem. Isso não serve de desculpa, podíamos ter ligado melhor”.