Nuno Borges e Francisco Cabral nos quartos de final de pares do Estoril Open
A melhor dupla nacional, que conquistou oito títulos challengers nos últimos meses, vai defrontar os norte-americanos Nathaniel Lammons e Tommy Paul nos "quartos".
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Os tenistas portugueses Nuno Borges e Francisco Cabral avançaram esta quarta-feira para os quartos de final de pares do Estoril Open, com um triunfo em três sets sobre os experientes Ivan Dodig e Austin Krajicek, terceiros cabeças de série.
Momentos depois de ser eliminado pelo norte-americano Frances Tiafoe na segunda ronda de singulares, o número dois nacional voltou ao court para, ao lado do seu parceiro predileto, eliminar os terceiros pré-designados, com os parciais de 6-4, 3-6 e 10-5, em uma hora e 16 minutos.
Numa passagem relâmpago pelo court secundário do Clube de Ténis do Estoril, a dupla portuguesa despachou a tarefa iniciada ao final da tarde de terça-feira, antes de o encontro ser suspenso por falta de luz, quando o marcador registava 6-4 e 3-6.
"Em toda a minha vida nunca me tinha acontecido ter um encontro interrompido antes de um "super tie-break". Foi algo diferente, foi algo com que tentámos lidar da melhor maneira possível. Tentei não conversar muito com o Nuno sobre os pares, porque ele tinha um jogo de singulares importante para ele", revelou Francisco Cabral.
O 106.º classificado do ranking de pares disse que os dois ficaram "muito felizes" pela maneira como jogaram aquele que foi o seu primeiro encontro como dupla no circuito ATP e destacou a importância do triunfo frente aos terceiros cabeças de série.
"Pelo menos para mim, em termos emocionais, a Taça Davis está num patamar ainda acima, mas claro que a minha estreia em pares ATP, com o Nuno, contra os jogadores mais altos [em termos de "ranking] que já defrontámos, acaba por ser uma vitória especial tanto para mim como para ele", completou.
Para Borges, o triunfo em pares ao lado de Cabral serviu de "consolo", depois de ter sido eliminado pelo 29.º jogador mundial em singulares, pelos parciais de 7-6 (7-4), 4-6 e 6-0.
"Acontece-me muito jogar os singulares e perder e ter de jogar o par a seguir, ainda por cima era só um "super tie-break". Eu sabia que o mínimo desleixo, o mínimo baixar a cabeça ia pesar muito e, portanto, não deixei isso acontecer", referiu, em conferência de imprensa.
A melhor dupla nacional, que conquistou oito títulos "challengers" nos últimos meses, vai defrontar os norte-americanos Nathaniel Lammons e Tommy Paul nos quartos de final.
A uma vitória de entrar no "top 100" mundial de pares, Cabral mostrou querer mais.
"Desvalorizar, não desvalorizo, porque quero mais do que isso. Claro que o "top 100" acaba por ser um objetivo redondo. É algo que eu tinha na minha cabeça para um futuro próximo. Claro que estando aqui num torneio ATP, numas condições que nós gostamos, com o público, a meta é sempre mais alta, porque são muitos pontos em jogo e queremos ganhar o máximo possível", assumiu.
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