Maiato sabe do aperto de defender a maior soma de pontos da carreira, mas sente-se a “jogar muito bem nos torneios de luxo” e a motivação ajuda a gerir a pressão
Corpo do artigo
Eliminado nos quartos de final do Abierto de Los Cabos, Nuno Borges fez, a O JOGO, o balanço desta série de cinco ou seis eventos, no México e nos Estados Unidos. Havendo muito a dissecar, começou por considerar ter estado “muito bem nos últimos três encontros” antes da derrota com Casper Ruud, destacando o “excelente desempenho com um jogador do top-10 [Taylor Fritz]”, na segunda ronda de Open de Delray Beach.
O maiato já iniciou a defesa de mais de 350 pontos nestas semanas, que resultou na saída virtual do top-50. “É claro que sinto uma pressão acrescida, sei que é muito difícil voltar a ganhar tantos pontos como há um ano, mas também sei que até os melhores do mundo têm momentos em que não os conseguem defender”.
Para o Lidador, o “mais importante é estar bem fisicamente e sentir que o nível de ténis também está bom”. A possibilidade de “estar a competir nos maiores torneios do ATP Tour aumenta a dificuldade”, admite.
Mostrando estar preparado, lembra: “Estou a viver desafios maiores, estou ciente que posso não defender os pontos todos, mas o que quero é subir de nível, em vez de me preocupar com o número que me vai aparecer no ranking”. “Sendo capaz de alcançar um melhor nível, isso levará a ganhar mais pontos no futuro. Veremos!”, observou.
Tendo cumprido 27 anos na segunda-feira, esta é a semana em que, há um ano, festejou o título e os 125 pontos trazidos do Challenger de Monterrey, os quais, recorde-se, são agora descontados. A partir de terça-feira joga em Acapulco (45 pontos em 2023) e a defesa dos 175 em Phoenix só acontecerá se perder à segunda no Masters de Indian Wells. É a tal face mais valiosa da mesma moeda.
Vai seguir-se o regresso a Portugal, para um dos momentos mais aguardados do ano. “O Estoril Open é a prova que se segue a esta série e quero-me apresentar muito bem. Depois, tenho em mente disputar os Jogos Olímpicos e, para tal, terei de possuir um ranking [em junho] como o de hoje, para me qualificar. Não vai ser fácil, vou aproveitar esta oportunidade de jogar os grandes torneios e mais tarde fazem-se contas”, terminou.