Nunca foi preciso esperar tão pouco: regressa a NBA, com os Lakers em busca do "bi"
Nunca foi preciso esperar tão pouco pelo regresso da NBA: 73 dias depois do fim de 2019/20, a liga norte-americana está de volta para a 75.ª edição.
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O reencontro de Kevin Durant (Brooklyn) com Golden State pela primeira vez desde que o extremo deixou a equipa com que foi campeão em 2017 e 2018 e a primeira batalha de Los Angeles com Montrezl Harrell do lado dos Lakers e Ty Lue (líder dos Cleveland Cavaliers no título de 2016 ainda na era de LeBron James) ao leme dos Clippers servem de abertura à 75.ª edição da NBA esta madrugada, quase três meses mais tarde do que seria habitual.
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É a segunda vez que a liga norte-americana começa em dezembro, consequência de, em 2019/20, se ter assistido à temporada mais longa da história por causa da pandemia (356 dias), com uma paragem de cerca de quatro meses e uma "bolha" de quase 100 dias na Disney World de Orlando pelo meio - em 2011, a época arrancou no Dia de Natal após um largo período de lock-out (greve dos patrões).
Ao fim de uma década de jejum, os Lakers de LeBron James e Anthony Davis fizeram a festa, tendo a missão de defender o título em 2020/21. E a verdade é que dos 17 anéis da história da equipa de Los Angeles, apenas quatro não tiveram seguimento no ano seguinte, o que abre boas perspetivas num conjunto cujo o sucesso é baseado num duo de estrelas como no passado. Mas para dar todas as garantias ao técnico Frank Vogel, o diretor-geral Rob Pelinka arranjou substitutos à altura para todos os jogadores que saíram durante a off-season mais curta de sempre - Wesley Matthews na vaga de Danny Green, Dennis Schroeder na de Rajon Rondo, Marc Gasol na de JaVale McGee e Harrell na de Dwight Howard.
Na nova época, com menos dez jornadas do que o habitual, a equipa de Los Angeles luta pela revalidação liderada por LeBron e Davis e tendo sido competente no mercado. Mas concorrência não falta
Ao contar com Durant e Kyrie Irving a cem por cento, Brooklyn entra diretamente no lote de favoritos, tal como são os Milwaukee Bucks do MVP Giannis Antetokounmpo (agora reforçados com Jrue Holiday) e os finalistas Miami Heat, que mantiveram a base do conjunto que causou sensação na Disney. Agora sob as ideias de Lue, que substituiu Doc Rivers, os LA Clippers de Kawhi Leonard e Paul George fazem mais uma tentativa pelo anel, havendo outras equipas a ter em conta pelos líderes de que dispõem: Golden State de Stephen Curry, Denver de Nikola Jokic e Dallas de Luka Doncic.
A par de Houston e do impasse em torno de James Harden, que pediu para sair, a maior incógnita é saber como as equipas se vão adaptando à nova normalidade, até porque, como a "bolha" de Orlando só reuniu 22 emblemas, há oito (Minnesota, Golden State, Charlotte, Chicago, New York, Detroit, Atlanta e Cleveland) que não jogam desde março...
Agora joga-se sem "bolha"
"Ninguém ia assinar por baixo voltar aquela bolha. Não íamos fazer uma fase regular de 72 jornadas longe da família, de forma alguma", garantiu Jared Dudley, dos Lakers, atestando a impossibilidade de se repetir o formato da Disney, que serviu para concluir 2019/20 com sucesso (nenhum caso de covid-19), mas seria inviável abarcando uma época inteira. Assim, a NBA, que já registou 56 infeções desde o início dos treinos e pondera vir a ter um plano de vacinação, precisou de preparar o regresso aos pavilhões de forma escrupulosa, emitindo um memorando de 158 páginas com o protocolo a seguir.
"Ninguém ia assinar voltar aquela bolha. A covid-19 está aí para ficar, é o novo normal"
Sem divulgar qualquer critério para que um jogo ou mesmo a temporada sejam cancelados, a liga estabelece, por exemplo, as regras para o regresso de um jogador que teste positivo: cumprir uma quarentena de dez dias desde a saída do resultado ou do início dos sintomas ou apresentar dois testes negativos realizados com 24 horas de diferença. No entanto, nos primeiros dois dias a seguir a ser autorizado o regresso, é obrigatório que os treinos sejam sem a presença de mais ninguém e sem utilização dos balneários, sendo ainda exigido um exame cardíaco. Cada delegação deve ter, no máximo, 45 pessoas (17 atletas), estando proibida a ida a bares, discotecas, espetáculos, ginásios, spas ou encontros com mais de 15 pessoas externas às equipas, sob pena de uma multa ou suspensões.
Em termos de calendário, a NBA importou do basebol a ideia de haver séries de dois jogos seguidos contra a mesma equipa, além de estarem previstas mais sequências de partidas consecutivas fora contra adversários da mesma região geográfica.
Desde o início dos treinos que se registaram 56 positivos, provando-se que a perfeição da Disney (nenhum caso) é irrepetível
As bancadas estarão vazias na maioria dos casos, mas, variando as restrições consoante os estados. Atlanta (1800 pessoas), Cleveland (300), Toronto (3800), Orlando (4000), Utah (1500) e San Antonio (fãs a partir de 1 de janeiro) já anunciaram público.