O selecionador nacional, Paulo Freitas, falou a O JOGO sobre o Euro de Paredes, no qual Portugal tem a “obrigação” de ganhar
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Em estágio no Luso desde o passado dia 4, os dez eleitos por Paulo Freitas para o Campeonato da Europa, a jogar entre os dias 1 e 6 do próximo mês, no Multiusos de Paredes, vão sentir os primeiros efeitos do seu trabalho no fim da próxima semana, na GoldenCat, torneio com as seleções da Catalunha, Itália e França. A portuguesa defende os títulos das duas últimas edições. Os jogadores já gozaram férias, o campeonato ainda tarda e a data é algo que o selecionador diz “merecer talvez alguma reflexão”, por acontecer numa altura vazia de competição, mas lembra que uma alteração “implicaria mexer com os quadros competitivos”.
O selecionador voltou a trocar cinco jogadores, como acontecera no Europeu'23 e no Mundial'24, explicando que a “base das escolhas começa pelo rendimento nos clubes e o foco no trabalho do clube”. “Esta é uma seleção de causas e os jogadores foram sujeitos a vários critérios. A lista era muito alargada e era fundamental encarar certas nuances, como as posicionais, o equilíbrio da equipa e todas as outras determinantes que levem a encaixar uma ideia de jogo”, explanou o selecionador, ciente de ter “valorizado a meritocracia” e acreditando na “capacidade de decisão” dos convocados.
Portugal integra o Grupo A do Europeu, com a Espanha, Itália e França, sendo o B composto pelas quatro seleções seguintes do ranking, um modelo competitivo que dita jogos a “doer” desde a primeira jornada. “Com o devido respeito pelas seleções de outras modalidades, no hóquei em patins é muito difícil ser campeão europeu”, destacou Freitas, considerando que pelo facto de os “candidatos se defrontarem nos primeiros jogos, o espetáculo é mais apelativo e as seleções favoritas podem ser afastadas da discussão final”. Face a tanta exigência, resume o essencial numa frase: “É fundamental uma boa estratégia ao longo do campeonato”.
Bessa só quer “jogar e ganhar”
Rafael Bessa fez uma excelente época ao serviço do Sporting e garantiu “nunca ter trabalhado a pensar numa convocatória para a Seleção”. Agarrada a oportunidade, sente ter “trabalhado muito bem individual e coletivamente”. Jogar em casa “não será pressão extra, que pressão é representar Portugal”, observa, esperando sagrar-se “campeão europeu na estreia”. A propósito do modelo competitivo, o avançado entende ser “difícil reunir mais seleções e nestes moldes teremos de estar pronto para qualquer eventualidade”.