Nico Denz venceu a 12.ª etapa da Volta a Itália
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Nico Denz (BORA-hansgrohe) venceu a 12.ª etapa da Volta a Itália, ao ser o mais forte de uma fuga que chegou a ter 31 elementos, autorizada por um pelotão a descansar.
O ciclista alemão, de 29 anos, cumpriu os 185 quilómetros entre Bra e Rivoli em 4:18.11 horas, batendo num sprint restrito o letão Toms Skujins (Trek-Segafredo), segundo, com o australiano Sebastian Berwick (Israel-Premier Tech) em terceiro.
Na geral, o grupo de favoritos chegou compacto e o britânico Geraint Thomas (INEOS) segue na liderança, com dois segundos de vantagem para o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), segundo, e 22 para o líder da juventude, o português João Almeida (UAE Emirates), terceiro.
O dia desde cedo anunciou o que teria no menu para os espectadores, com 31 elementos a tentar integrar a fuga do dia, entre pretendentes à vitória em etapa, candidatos ao "top 10" e outros ainda que almejavam mais pontos para esta classificação, como o dinamarquês Mads Pedersen (Trek-Segafredo).
A trégua para os pretendentes à maglia rosa, que chegaram juntos antes e em poupança antes de Crans-Montana, num raro dia calmo nesta corsa rosa, permitiu ao austríaco Patrick Konrad (BORA-hansgrohe) subir ao top 15, mas foi a astúcia tática que demonstrou que hoje mais foi determinante.
Numa altura em que a fuga se fragmentava, Denz lançou-se ao ataque com os companheiros de pódio, bem como o italiano Alessandro Tonelli (Green Project-Baridani CSF-Faizanè), e o austríaco controlou o ritmo dos perseguidores para lhes permitir ganhar margem.
Até final, tanto Skujins como Berwick tentaram isolar-se, cientes de que Denz teria a melhor ponta final, mas imperou mesmo a lei do mais forte na chegada a Rivoli - a cidade italiana nos arredores de Turim, não o teatro com o mesmo nome no Porto.
A segunda vitória alemã seguida no Giro após Pascal Ackermann (UAE Emirates) sprintar na 11.ª etapa foi também o maior triunfo da carreira de Denz, que disse estar "na lua" após o feito.
"Ganhar no Giro é muito grande para mim, obviamente estou muito orgulhoso. Não era suposto estar na fuga, era Konrad, mas este disse-me que não estava tão bem e queria poupar-se para acompanhar Lennard Kämna amanhã [sexta-feira]", contou.
"Órfã" do russo Aleksandr Vlasov, que já abandonou, a equipa aposta em Kämna para a geral e no resto do bloco para apoio e fugas, e hoje foi Denz a receber "luz verde" para bater o resto dos escapados, que apelidou de "monstros" pela "muita qualidade" dos integrantes.
Na sexta-feira, a 13.ª etapa liga Borgofranco d"Ivrea à subida em Crans-Montana em 199 quilómetros, em novo dia de alta montanha a testar os candidatos, com três contagens de montanha de primeira categoria.