Na jornada passada do campeonato de futsal, Simi Saiotti, pivô de 36 anos, teve uma atitude de louvar na vitória dos alentejanos, por 6-4, diante do Portimonense, que lhe valeu um cartão branco.
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O cartão branco é um conceito relativamente novo no dicionário desportivo e, afortunadamente, veio para ficar, já que recompensa boas atitudes dos intervenientes no jogo. Não é todos os dias que se vê um episódio desses no principal escalão. Ocorreu na passada jornada, na vitória do Elétrico em casa do Portimonense, e teve Simi Saiotti, pivô do emblema alentejano, como protagonista.
Tudo aconteceu após o lance que daria o 7-2 a favor do Eléctrico, a três minutos e 51 segundos do soar da buzina. O árbitro da partida considerou o golo legal e acabou até por expulsar Douglas, fixo dos algarvios. Tudo mudou, no entanto, com a intervenção de Saiotti. Sincero, reconheceu que cometeu falta e, desta forma, o golo acabou por ser anulado, a expulsão revertida e o brasileiro, internacional pela Geórgia, foi gratificado com o cartão branco. "Nem sabia que existia esse cartão e fiquei surpreso quando o árbitro foi ao bolso. Fiz apenas o que o meu coração pediu, sem pensar no resultado. Acima de tudo fiz a escolha certa e é o mínimo que qualquer um deve fazer, que é praticar boas ações ", diz Simi.
O pivô cumpre a primeira temporada em Portugal, após dois anos atribulados e com muitas lesões à mistura, e admite que a escolha não podia ter sido mais feliz. "Voltei a ter alegria de jogar futsal. Nas últimas épocas estive praticamente parado. Surgiu a oportunidade do Eléctrico e foi uma grande escolha. É um clube que promete muito e com muita ambição", diz Simi, que soma 14 golos em 18 jogos pela formação alentejana. "Estou muito satisfeito com a minha temporada até aqui, mas sei que sou capaz de muito mais".
Para Simi há apenas mais um sonho por concretizar, quase escrito na pedra. " Quero jogar num Campeonato do Mundo pela Geórgia e estamos bem encaminhados para isso. Depois disso, penso no meu futuro", vinca.
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