A possibilidade de terminar a época na Disney World não é consensual, pois o retorno de jogos à porta fechada é reduzido. Ontem houve reunião de patrões, acabando todos por aceitar o regresso.
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"Estou pronto e a minha equipa está pronta. Ninguém deve cancelar nada", protestou ontem LeBron James via Twitter. A estrela dos LA Lakers, que lideravam isolados a Conferência Oeste quando a NBA parou, sonha com um quarto título e apoia a ideia de cumprir o que falta - 259 jogos da fase regular mais o play-off - na Disney World, tendo ficado irritado com "as notícias sobre os executivos e os agentes que querem cancelar a época."
"Não é verdade. Ninguém que eu conheça disse algo assim. Assim que seja seguro, queremos completar a época", escreveu ainda o "King", referindo-se a uma reportagem da CNBC que revelou não existir interesse dos patrões num recomeço. "Se voltarmos, onde estará a receita que justifique os custos adicionais desse regresso?", questionou um executivo não identificado ao canal televisivo. Uma das franquias informou já ter um prejuízo de 45 milhões de euros e não querer gastar mais.
Os patrões, tendo obtido um acordo com a Associação de Jogadores para um corte de 25% nos salários a partir deste mês, pareciam pouco interessados em arriscar num final de época à porta fechada que só teria retorno existindo mais dinheiro de direitos televisivos.
Mas a verdade é que a NBA tem um plano para regressar, dentro do princípio de ser "nossa responsabilidade explorar todas as opções para satisfazer adeptos, jogadores e patrocinadores", comentou um dos responsáveis da organização, que só aguarda a autorização para reabrir os centros de treinos, em teoria dia 8. Ontem, e com as franquias em polvorosa devido à reportagem, os 30 patrões tiveram uma conferência telefónica e R.C. Buford, dos San Antonio Spurs, garantiu que "todos querem que se jogue".
A unamidade talvez não tenha existido, mas Mark Cuban, poderoso presidente dos Dallas, já tinha feito um aviso, na CNN: "Vamos olhar a todas as opções. Estou cautelosamente otimista. Acho que poderemos terminar a época na televisão e sem adeptos."
Jogar numa "bolha" implica fazer 15 mil testes
O plano de reiniciar a época na "bolha" da Disney World - ou qualquer outro local - implicará fazer 15 mil testes de covid-19 entre jogadores, treinadores e restante staff, segundo calculou a ESPN. Não tendo conseguido comprar um número de testes tão elevado, a NBA terá escrito às equipas explicando não ser "apropriado testar regularmente todos os jogadores", o que significará deixar de fora os assintomáticos como forma de poupar.