Acusada de pagar mal aos nadadores, que pretendiam fugir para as provas de um milionário ucraniano, a federação internacional respondeu com... muito dinheiro.
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A Federação Internacional de Natação (FINA) anunciou a criação de uma nova competição, a FINA Champions Swim Series, que irá distribuir 3,4 milhões de euros em prémios. Será uma resposta à tentativa de criar uma "liga privada" por parte do milionário ucraniano Konstantin Grigorishin, que oferecia 700 mil euros por competição aos nadadores.
"No esforço constante de inovar e trazer novas oportunidades para as estrelas do nosso desporto, a FINA tem o prazer de anunciar o lançamento desta nova competição, em que a prova em si e a promoção das estrelas serão dois conceitos-chave", disse o presidente da FINA, o uruguaio Julio Maglione.
O organismo anunciou o lançamento desta competição depois de ter sido processado pela campeã olímpica Katinka Hosszu e pelos americanos Michael Andrew e Tom Shields, três dos 51 inscritos para a primeira competição da International Swimming League (ISL), o torneio denominado Energy for Swim, que foi cancelado. A húngara acusou a FINA de tratar "os nadadores como marionetas".
O novo evento consistirá numa prova de três etapas, entre março e maio, e irá contar com campeões olímpicos e mundiais. O valor para prémios irá superar em muito os 8800 euros que a FINA está a pagar, esta semana, por cada título mundial conquistado na China, e os nadadores terão ainda direito a cachê, viagens e hotéis pagos.
O organismo era acusado de só destinar 0,03% dos seus proveitos para os nadadores, que têm uma reunião planeada para a próxima semana, em Stanford Bridge, o estádio do Chelsea, em Londres. O promotor do encontro será a ISL, criada por Grigorishin.