Tivani virou a página e quer mais uma etapa ou revalidar título nos pontos na Volta a Portugal
Corpo do artigo
Nicolás Tivani ainda quer ser protagonista na Volta a Portugal, após ter visto o sonho de lutar pela geral esfumar-se na segunda etapa, com o ciclista argentino a não excluir o assalto à camisola dos pontos.
“Não sei o que se passou nesse dia. Tive um dia de crise. Porquê? Ainda não consigo compreender. Mas o ciclismo é assim e há que virar a página e continuar a fazer outras coisas”, resumiu à Lusa o corredor da Aviludo-Louletano-Loulé.
Na segunda tirada, Nicolás Tivani "naufragou" no "sterrato" do Salto de Fafe e perdeu mais de 16 minutos, hipotecando irremediavelmente a ambição de estar no pódio da 86.ª edição, apenas um dia depois de ter vencido no Santuário do Sameiro, em Braga, e ter subido ao segundo lugar da geral.
O argentino chegou à meta vazio, como se diz na gíria velocipédica, e recorda essa tirada como “um dia duro”. “Fiz uma preparação muito boa para esta prova, mas é o que é. Preciso de estar tranquilo, porque a Volta continua e ainda estamos no começo. Já tive dias assim duros e não me posso cingir a isso”, defendeu.
Embora assuma que não foi fácil virar a página – aliás, “foi muito difícil” -, o ciclista que é segundo na classificação da montanha e terceiro na por pontos quer agora “tentar ganhar mais etapas, levar alguma camisola para casa”, porque esses são objetivos “muito importantes” para a Aviludo-Louletano-Loulé. “No dia a seguir, estava com dúvidas sobre se podia voltar a ter um dia assim tão mau ou não. Mas estou confiante, com fé que a condição física está boa e posso fazer coisas bonitas”, disse na antessala da segunda parte da Volta a Portugal.
O pelotão regressa esta quarta-feira à estrada, após ter cumprido um dia de descanso, enfrentando 175,2 quilómetros entre Águeda e a Guarda. “Vou tentar ganhar uma camisola, mas primeiro gostava de ganhar outra etapa. Gosto da camisola laranja [dos pontos], vou tentar essa”, revelou o ainda detentor dessa classificação.
Vencedor da classificação da montanha da última Volta ao Algarve, o argentino de 29 anos não está com as sensações que queria, mas está satisfeito por estar “na luta”. “Há muitas etapas que se adequam às minhas características, tanto às minhas como às do [Tomas] Contte. Vamos jogar com essas cartas. Vou tentar ser protagonista, não vou ficar com braços cruzados”, prometeu o ‘todo-o-terreno’ da equipa algarvia, que no ano passado já tinha conquistado uma vitória de etapa na Volta a Portugal.