"Não sei de onde veio este rendimento, mas estou contentíssimo..."

O britânico George Russell (Mercedes) venceu este domingo o Grande Prémio de Singapura de Fórmula 1, 18.ª ronda da temporada, em que a McLaren festejou o 10.º título de construtores e Max Verstappen (Red Bull) recuperou terreno.

Russell, que largou da pole position, só perdeu a liderança na paragem para trocar de pneus, terminando com 5,430 segundos de vantagem sobre o segundo classificado, o neerlandês Max Verstappen, com o britânico Lando Norris (McLaren) a ser terceiro, a 6,066, ao bater o companheiro de equipa e líder do campeonato, Oscar Piastri (McLaren), que foi quarto.

O arranque foi um dos momentos mais tensos, com Max Verstappen mais preocupado em defender-se do ataque dos dois McLaren do que em atacar George Russell, que rapidamente se distanciou.

Lando Norris também partiu bem e acabou por encostar Piastri literalmente às barreiras, dando-lhe um encosto com o seu carro. O australiano queixou-se que a manobra não foi, propriamente, "trabalho de equipa" e a verdade é que perdeu o terceiro lugar para Norris, que ficou com preferência na hora de parar nas boxes para trocar de pneus.

Num traçado em que as ultrapassagens são difíceis, a corrida ficou sentenciada logo nessa fase inicial, pois não houve acidentes nem imprevistos que fizessem reconfigurar a ordem dos carros em pista.

"É incrível. Não sei de onde veio este rendimento, mas estou contentíssimo", frisou o britânico da Mercedes.

Russell denotou sempre um ritmo superior aos restantes, enquanto o McLaren de Norris conseguiu recuperar o terreno perdido inicialmente para Verstappen. Mas, daí a conseguir a ultrapassagem vai uma grande distância e o neerlandês, atual campeão em título, aguentou bem as investidas.

"A corrida foi mais difícil do que esperava. Aqui, não se consegue ultrapassar e o segundo lugar era o máximo a que podíamos aspirar", admitiu Verstappen.

Dessa forma, Lando Norris acabou por fazer um "favor" à Red Bull ao custar mais três pontos ao líder do campeonato.

"É demasiado difícil ultrapassar e é uma pena porque o ritmo era fortíssimo", lamentou o piloto da McLaren.

Nota ainda para uma penalização tardia de cinco segundos atribuída a Lewis Hamilton (Ferrari) por ultrapassar os limites de pista, que lhe custou a queda de sétimo para oitavo.

Com estes resultados, a McLaren festejou o 10.º título mundial de construtores, o segundo consecutivo.

A equipa de Zak Brown já triunfara em 1974, 1984, 1985, 1988, 1989, 1990, 1991, 1998 e 2024.

No Mundial de pilotos, Piastri mantém o comando do campeonato, com 336 pontos, mais 22 do que Lando Norris, que é segundo. Max Verstappen é o terceiro, com 273, quando faltam disputar seis corridas, duas delas com corridas sprint ao sábado.

A próxima ronda será dentro de duas semanas, nos Estados Unidos.