Borges e Cabral superaram "encontro duro", mas querem "mais e melhor".
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Nuno Borges e Francisco Cabral mostraram-se contentes com o acesso às meias-finais de pares do Estoril Open, após um "encontro muito duro" diante de Nathaniel Lammons e Tommy Paul, mas acreditam ter "capacidade para mais e melhor."
"Foi um encontro dentro daquilo que já estávamos à espera, muito duro. Sabíamos que ia ser difícil ganhar limpinho como estava a parecer que ia ser. Tivemos duas vezes break acima no segundo set, eles claramente afinaram um bocadinho o nível da resposta e isso causou-nos alguns problemas. Mas, felizmente, tal como na primeira ronda, conseguimos alinhar um super tie-break muito bom, e estamos muito felizes de ter a oportunidade de jogar sábado outra vez", comentou Cabral, após a vitória com 6-3, 6-7 (2-7) e 10-6, em uma hora e 25 minutos.
Apesar de o triunfo desta sexta-feira catapultar Francisco Cabral, 106.º colocado no ranking ATP de pares para o top 100, o tenista do Porto confessa ambicionar mais, mesmo antes de defrontar o britânico Jamie Murray, antigo número um mundial de pares e atual 22.º classificado, e o neozelandês Michael Venus, número 11 do mundo e vencedor de um major, Roland Garros, em 2107, ano em que ganhou o Estoril Open também em pares.
"Estamos a jogar um torneio ATP, é o nosso primeiro, são muitos pontos em jogo. Cada vitória, em vez de me catapultar para o top 100, se calhar leva-me ao top 90 a seguir, portanto não estou muito focado no top 100, porque acho que temos capacidade para mais e melhor", frisou.
Garantida a estreia numas meias-finais de um ATP, naquela que é a primeira participação da dupla num torneio desta categoria, Nuno Borges diz que a expectativa "é igual aos encontros anteriores, são sempre adversários de alto nível, jogos complicados." "Temos sempre de estar no nosso melhor para poder ganhar", acrescenta o maiato.
"Não vou dizer que estamos focados no troféu, porque vamos jogar contra o Murray e o Venus amanhã [sábado]. São dois jogadores que estão dentro dos 30 primeiros e são adversários de alto nível, estão mais do que rodados em meias-finais ATP e é a nossa primeira. Mas sabemos o nosso nível e vamos lá para ganhar" defende Cabral, de 25 anos.
Nuno Borges, além de ter confessado não ter dado conta da presença atenta nas bancadas do britânico Jamie Murray, detentor de dois títulos do Grand Slam (Open da Austrália e Open dos Estados Unidos em 2016), até porque têm mais com que se preocupar, admite que a longa parceria com o amigo de infância fez a diferença hoje.
"Aquilo que estamos a fazer agora é fruto do trabalho que temos vindo a fazer nos últimos anos e dos muitos encontros que jogamos juntos. A química está lá, e agora o ténis começa a aparecer e começamos a ganhar encontros a este nível", considerou o jovem maiato, que, ao lado de Cabral, conquistou oito títulos challengers nos últimos 12 meses.
Já o tenista do Porto reconheceu a importância do apoio português para o triunfo que garante a manutenção em prova, no Clube de Ténis do Estoril, onde voltam a jogar no sábado às 12h50 no court central.
"[Apoio importante] Não só no super tie-break, mas no encontro todo, sentimos sempre o público connosco. Também éramos os únicos jogadores da casa e, se calhar, era importante para nos momentos cruciais termos ali um bónus de 20, 30, 40, 50% que nos ajuda. Estamos muito contentes, esperamos que amanhã [sábado] sejam ainda mais pessoas, porque isso ajuda-nos", rematou Cabral, que conquistou o seu nono título challenger em Praga, no domingo, ao lado do polaco Szymon Walkkow.
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