Romada, capitão de equipa, afirma que quatro vitórias e o 10.º lugar não refletem a ambição do grupo. O líder do balneário não atira a toalha ao chão e acredita na recuperação. O brasileiro, de 27 anos, constata que as mudanças no comando técnico afetaram a equipa. Ainda assim, mantém a confiança num desfecho positivo
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Quatro treinadores, quatro vitórias e um décimo lugar que pesam no orgulho do Torreense. A temporada tem sido uma montanha-russa, mas a formação de Torres Vedras recusa-se a atirar a toalha ao chão. Entre a instabilidade técnica e a luta pela consistência, há uma voz que se ergue no balneário: a de Romada, capitão e referência do grupo. Em conversa com O JOGO, o brasileiro de 27 anos não esconde as dificuldades e fala sobre a sua posição como líder. “Não é fácil gerir um grupo quando há tanta mudança no comando técnico. O papel dos capitães e dos jogadores mais experientes é ainda mais importante. Temos de ser o ponto de equilíbrio”, atira.
Os constantes solavancos no banco de suplentes deixaram marcas, sobretudo na adaptação da equipa. “Quando os resultados não aparecem, a confiança baixa e a pressão aumenta. Adaptarmo-nos a novas ideias e modelos de jogo exige tempo, e essa falta de estabilidade tem sido um dos maiores desafios”, regista o capitão. Ainda assim, garante que o Torreense não perdeu a coesão. “A incerteza pode afetar o grupo, mas a mentalidade dos jogadores é o mais importante. Temos um balneário unido e isso ajuda-nos a ultrapassar estas dificuldades”, sublinha.
Para um clube com a ambição do Torreense, quatro vitórias é um registo magro, mas Romada não se esconde atrás de desculpas e aponta os pormenores que têm feito a diferença. “A Liga Placard é extremamente competitiva e cada jogo decide-se em detalhes. Em várias partidas criámos oportunidades, mas faltou-nos eficácia nos momentos-chave”, avalia. O cenário não é animador, mas a crença não esmorece. “No balneário acreditamos. Ainda há jogos por disputar e tudo pode mudar rapidamente. Trabalhamos todos os dias para corrigir os erros e manter uma mentalidade forte. Os resultados vão aparecer”, assegura.
Cláudio Martins é “diferenciado”
A chegada de Cláudio Martins ao comando técnico do Torreense, proveniente do Famalicão, líder da II Divisão, deu um novo alento à equipa, que agora procura integrar as suas ideias. “Estamos a trabalhar para assimilar rapidamente as suas orientações, que são diferenciadas. Defensivamente, precisamos de ser mais sólidos e concentrados, evitando erros que nos têm custado pontos. Queremos muito evoluir e jogar o nosso futsal, para sermos mais eficazes nos momentos decisivos”, diz Romada.