Medalhas de ouro conquistadas pelos portugueses Isaac Nader e Pedro Pichardo nos Mundiais de atletismo valem nono lugar no medalheiro
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As duas medalhas de ouro conquistadas pelos portugueses Isaac Nader, nos 1500 metros, e Pedro Pichardo, no triplo salto, em Tóquio'2025 valeram o nono lugar no medalheiro dos Campeonatos do Mundo de atletismo.
"Foi a maior comitiva de sempre, com resultados de excelência e acho que estamos todos de parabéns", avaliou o presidente da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), Domingos Castro.
Na contabilização dos "metais", com a valorização do ouro, Portugal supera seleções com muito mais medalhas, como a Jamaica, com 10, mas apenas um título mundial, ou a Itália, com sete, também só com um primeiro lugar.
Sem surpresa, os Estados Unidos, pela sexta vez consecutiva, desde que foram batidos pelo Quénia, e também pela Jamaica, em Pequim'2005, dominaram o quadro de medalhas, com 16 de ouro, cinco de prata e outras tantas de bronze.
O Quénia, segundo nesta contabilidade, com sete ouros, duas pratas e dois bronzes, relegou o Canadá para o terceiro posto, com três vitórias, duas pratas e um bronze.
Portugal igualou os títulos de Países Baixos (duas pratas e dois bronzes), Suécia (um bronze), Botswana (um bronze), Espanha (um bronze) e Nova Zelândia (um bronze), mas saiu a perder nos metais menos valiosos.
Na avaliação da maior Seleção portuguesa de sempre, com 32 convocados e 31 participantes, fruto da ausência de Carla Salomé Rocha da maratona, por lesão, Domingos Castro identificou-a como uma "geração de ouro", elogiou os campeões, mas também os recordistas nacionais, casos de Fatoumata Diallo, nos 400 metros barreiras, e na estafeta 4x400 metros, apesar do infortúnio na final de hoje.
"Estavam a fazer uma estafeta extraordinária", reconheceu o presidente da FPA, considerando que a posição de finalista, atribuída até ao oitavo lugar, seria a "cereja no topo do bolo".
Domingos Castro, que chefiou a delegação nacional, remeteu um balanço interno para mais tarde, sem, no entanto, admitir que houve alguns desempenhos menos conseguidos: "Houve atletas que podiam ter feito um bocadinho melhor, mas, mais ninguém além deles queria fazer melhor".
Apesar do nono lugar no medalheiro, na contabilidade dos pontos, numa proporção decrescente do primeiro para o oitavo lugar, com oito para os campeões, Portugal, com 19 pontos - graças às medalhas e ao sexto lugar de Agate Sousa no salto em comprimento - termina no modesto 25.º posto, em igualdade com Equador (uma medalha de ouro e outra de bronze) e Nigéria (apenas com uma prata).