"Mundial? Quando há uma segunda oportunidade, temos de fazer tudo para a agarrar"
Portugal falhou a qualificação através das últimas duas edições do Europe Championship, mas uma penalização de 10 pontos aplicada a Espanha, pela utilização irregular de um jogador não elegível, voltou a colocar os lobos na luta, através do torneio final de repescagem.
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Os jogadores da Seleção Nacional de râguebi estão confiantes para agarrar a segunda oportunidade de qualificação para o Mundial de 2023, disse esta quinta-feira o capitão Tomás Appleton, no Dubai, na véspera do jogo decisivo contra os Estados Unidos.
"Não é todos os dias que se tem a oportunidade de qualificar para um Mundial e quando nos é dada uma segunda oportunidade, temos de fazer tudo para a agarrar. Toda a equipa está focada nisso e estamos muito confiantes", assumiu Tomás Appleton, à margem do treino de adaptação ao relvado, no Dubai.
Portugal falhou a qualificação através das últimas duas edições do Europe Championship, mas uma penalização de 10 pontos aplicada a Espanha, pela utilização irregular de um jogador não elegível, voltou a colocar os lobos na luta, através do torneio final de repescagem.
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Tal como os EUA, Portugal venceu os dois primeiros encontros do torneio de repescagem, frente a Hong Kong (42-14) e Quénia (85-0), resultados que permitiram aumentar os índices de "confiança", mas que não podem iludir a Seleção, advertiu o capitão.
"Não nos podemos deixar enganar por essas duas vitórias. Com todo o respeito pelos outros rivais, sabíamos que os EUA seriam o nosso grande adversário neste torneio. Obviamente, esses jogos foram importantes para criar rotinas, mas o nosso foco está totalmente neste jogo", frisou o primeiro centro.
A ideia é semelhante à de José Lima, que na sexta-feira vai formar com Appleton o par de centros da Seleção Nacional, no dia em que cumpre a 50.ª internacionalização, um marco que é, normalmente, assinalado com a de liderança da equipa na entrada no relvado.
"Mais importante do que as 50 internacionalizações é a vitória na sexta-feira. Já são três anos a trabalhar para este apuramento", recordou o jogador do Narbonne, de França, formado no CR Évora.
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Lima revelou ainda "plena consciência das dificuldades" que Portugal vai encontrar frente aos EUA, mas garantiu que os jogadores estão "preparados e confiantes" para ultrapassá-las.
"É a confiança de uma equipa que cresceu muito nos últimos três anos, que hoje em dia tem mais consistência, qualidade e maturidade. É uma equipa que já consegue gerir melhor os momentos cruciais dos encontros", assumiu o segundo centro dos lobos.
Portugal e EUA defrontam-se na sexta-feira, às 15h30, em encontro da terceira e última jornada do torneio final de repescagem para o Mundial de França'2023, que se assume como uma autêntica final, com as duas equipas empatadas no topo da classificação da prova que atribui a última vaga.
Portugal precisa apenas de ganhar ou empatar para voltar a marcar presença num Mundial, no próximo ano, 16 anos após a história participação dos lobos no Mundial de 2007, também em França.